Até 2026, governo do Brasil concluirá o maior ciclo de investimentos em infraestrutura do país, afirma ministro

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o Brasil deverá concluir, até 2026, o maior ciclo de investimentos em infraestrutura de sua história recente. Segundo ele, a execução de cerca de R$ 400 bilhões em obras de estradas, ferrovias e mobilidade urbana colocará o atual governo como o responsável pelo maior volume de entregas no setor. A declaração foi feita durante entrevista ao programa A Voz do Brasil.

De acordo com o ministro, a estratégia adotada pelo governo federal envolve forte parceria com a iniciativa privada para viabilizar projetos de grande porte. Entre 2023 e 2025, já foram realizados 22 leilões de concessões rodoviárias e ferroviárias, número quase quatro vezes maior que o registrado no governo anterior, que promoveu seis leilões em quatro anos. Esses contratos somam R$ 240 bilhões em investimentos. A meta é alcançar 36 concessões até o fim de 2026.

Renan Filho explicou que as concessões permitem acelerar obras de duplicação de rodovias, construção de acessos urbanos, melhorias na sinalização, iluminação e implantação de pontos de parada e descanso para caminhoneiros. Ele ressaltou que esse modelo é fundamental para suprir a limitação de recursos públicos e impulsionar o desenvolvimento econômico, a geração de empregos e a melhoria da logística nacional.

Além das concessões, o ministro destacou a ampliação dos investimentos diretos da União em obras públicas. Segundo ele, o volume anual aplicado em rodovias passou de cerca de R$ 6 bilhões em gestões anteriores para R$ 15 bilhões. Há obras em andamento em todas as regiões do país, incluindo duplicações e travessias urbanas em estados como Tocantins, Pará, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas e Mato Grosso.

Na área ferroviária, Renan Filho ressaltou a retomada dos investimentos como um marco da atual gestão. Estão em andamento obras como a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e a Transnordestina, que juntas empregam quase 15 mil trabalhadores. O ministro citou ainda investimentos históricos em malhas concedidas, a conclusão de trechos da Ferrovia Norte-Sul e a preparação de novos leilões, como a Ferrogrão, a Estrada de Ferro 118 e o Anel Ferroviário de São Paulo, que deverá retirar o tráfego de carga do centro da capital paulista.

Outro destaque da entrevista foi o lançamento da nova Carteira Nacional de Habilitação, a CNH do Brasil. Segundo o ministro, a medida pode reduzir em até 80% o custo para obtenção da habilitação, além de tornar o processo mais rápido e acessível. O objetivo é formalizar milhões de condutores que hoje dirigem sem carteira e ampliar o acesso ao mercado de trabalho, já que a CNH é requisito para diversas ocupações.

Para 2026, Renan Filho afirmou que o ministério deve concentrar esforços na entrega das obras iniciadas nos últimos anos. Segundo ele, o próximo ano deverá ser marcado pelo maior volume de inaugurações da atual gestão, consolidando o que classificou como um momento histórico para a infraestrutura brasileira. Com informações: Agência GOV