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Representatividade feminina avança no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

TJMS atinge marco histórico com seis magistradas atuando simultaneamente no segundo grau, mas desafio da igualdade de gênero ainda persiste.
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Advogada Renata Borges é coautora do artigo sobre representatividade feminina no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Crédito: Divulgação). Por: Editorial | 30/12/2025 15:11

A representatividade feminina no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) alcançou, em 2025, um marco histórico. Pela primeira vez em seus 46 anos de existência, a Corte conta com seis magistradas atuando simultaneamente no segundo grau. Integram esse grupo as desembargadoras Elizabete Anache, Elisabeth Baisch, Jaceguara Dantas e Sandra Artioli, além das juízas convocadas Denize Dodero e Cíntia Letteriello.

O avanço é significativo, mas os números ainda evidenciam um cenário de desigualdade. Dos 37 cargos de julgadores do TJMS, apenas 16% são ocupados por mulheres. Ainda assim, o contexto aponta para uma mudança gradual, alinhada ao que estabelece a Constituição Federal, que prevê a igualdade de gênero como um dos objetivos fundamentais da República.

No âmbito nacional, o Conselho Nacional de Justiça editou a Resolução nº 525/2023, durante a gestão da ministra Rosa Weber, reconhecendo o desequilíbrio estatístico no Poder Judiciário. Apesar de as mulheres representarem 51% da população brasileira, elas ocupam apenas 38% dos cargos da magistratura, percentual que cai para 21,2% no segundo grau.

A norma instituiu ações afirmativas para ampliar a presença feminina nos tribunais, prevendo a elaboração de duas listas tríplices nas promoções para cargos de segundo grau: uma mista e outra exclusivamente feminina. A medida deve vigorar até que se alcance, ao menos, 40% de participação de mulheres nos tribunais.

No TJMS, a atuação das magistradas tem sido marcada por discrição, rigor técnico e produtividade, características que reforçam a importância da diversidade no Judiciário. Dados internos indicam que todas mantêm acervo reduzido de processos nos gabinetes, além de uma gestão eficiente das equipes e relacionamento cordial com advogados e servidores.

A ampliação da presença feminina no Judiciário não se resume a um ajuste estatístico, mas representa o fortalecimento de uma justiça mais plural, que incorpora diferentes experiências e visões de mundo. A convivência equilibrada entre magistradas e magistrados contribui para o engrandecimento institucional da Corte e para a prestação jurisdicional de maior qualidade à sociedade. Com informações: Dourados News




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