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Hoje é Terça-feira, 30 de Dezembro de 2025.
Apesar de ser uma das doenças crônicas mais comuns no Brasil, a diabetes costuma se desenvolver de forma lenta e silenciosa, o que faz com que muitos pacientes convivam com o problema por anos antes de receberem o diagnóstico. Segundo especialistas, os sintomas iniciais são sutis e frequentemente confundidos com sinais de cansaço ou alterações passageiras do organismo.
De acordo com a endocrinologista Elaine Dias JK, de São Paulo, alterações discretas no corpo podem indicar que a glicose já está fora de controle muito antes da confirmação clínica da doença. Reconhecer esses alertas precoces é fundamental para evitar a progressão da diabetes e suas complicações.
Dados do Ministério da Saúde apontam que fatores como sedentarismo e alimentação inadequada aumentam o risco da doença, mas não são os únicos responsáveis. Histórico familiar, gestação, lesões no pâncreas, tabagismo e consumo de álcool também estão associados a uma maior incidência de diabetes.
Atualmente, cerca de 16 milhões de brasileiros têm diagnóstico confirmado, mas o número real pode ser ainda maior. Segundo a endocrinologista Luiza Esteves, do Hospital São Marcelino Champagnat, aproximadamente uma em cada três pessoas com diabetes desconhece a própria condição, justamente por se tratar de uma doença silenciosa, cujos sintomas mais evidentes surgem apenas em estágios avançados.
Entre os sinais mais comuns estão sede excessiva, fome constante, aumento da frequência urinária, cansaço persistente, sonolência após as refeições e dificuldade de concentração. Outros indícios incluem alterações na pele, como manchas escuras, pequenas verrugas, acúmulo de gordura abdominal e, em casos mais avançados, disfunção erétil em homens e alterações hormonais em mulheres.
Quando não tratada, a diabetes pode causar complicações sérias e progressivas. A visão pode ficar embaçada, feridas passam a cicatrizar lentamente e é comum o surgimento de formigamento ou dormência em mãos e pés. A exposição contínua à glicose elevada também danifica vasos sanguíneos e nervos, aumentando o risco de infarto, AVC, problemas circulatórios, amputações e até morte.
O tratamento varia conforme o tipo da doença. No diabetes tipo 2, mais comum, mudanças no estilo de vida associadas a medicamentos orais ou injetáveis costumam ser eficazes. Já o tipo 1 exige o uso diário de insulina. Especialistas reforçam que atividade física regular, alimentação equilibrada, sono adequado e monitoramento constante da glicemia são pilares essenciais para o controle e a prevenção da doença. Com informações: Metropoles
