Declaração dos EUA sobre ataque na Venezuela repercute internacionalmente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (29) que autorizou o primeiro ataque terrestre norte-americano em território venezuelano. O anúncio foi feito sem a apresentação de imagens ou provas da operação.

Antes da suposta ação em terra firme, os Estados Unidos vinham realizando ataques contra pequenas embarcações no Caribe desde setembro, sob a justificativa de que estariam sendo usadas para o transporte de drogas da Venezuela para o território americano. Nas últimas semanas, Trump já sinalizava que novas ofensivas poderiam ocorrer em solo venezuelano.

A confirmação do ataque foi feita durante a visita do primeiro-ministro de Israel à Flórida. Na ocasião, Trump declarou que forças americanas teriam atingido um porto na Venezuela utilizado, segundo ele, como ponto de apoio ao narcotráfico. O presidente afirmou que houve uma forte explosão na área do cais onde as embarcações seriam carregadas e disse que a estrutura foi destruída.

Apesar do anúncio, Trump não detalhou qual órgão executou a operação nem informou o local exato do ataque. Questionado sobre a participação da Agência Central de Inteligência (CIA), limitou-se a afirmar que sabe quem conduziu a ação, mas preferiu não revelar.

Na semana anterior, o presidente já havia feito referências genéricas a uma ofensiva contra uma “grande instalação” ligada ao narcotráfico, sem confirmar se o alvo estava localizado na Venezuela. À época, também não ficou claro quando a operação teria ocorrido.

A declaração desta segunda-feira representa uma intensificação da pressão do governo americano sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Nos últimos meses, os Estados Unidos ampliaram sua presença militar no Caribe, com o envio de tropas e navios de guerra, além de ações direcionadas ao setor petrolífero venezuelano, incluindo a apreensão de embarcações.

Trump afirmou ainda que conversou por telefone com Maduro após o ataque, mas não forneceu detalhes sobre o teor da conversa. Até o momento, o governo venezuelano não se pronunciou oficialmente sobre a operação mencionada pelo presidente americano. Com informações g1