Mercado de grãos abre a semana com ajustes pontuais nos preços

O mercado de grãos iniciou a semana com ajustes pontuais nos preços, refletindo movimentos técnicos e um ambiente de cautela nos principais centros de negociação. As informações são da TF Agroeconômica, que acompanha a abertura dos mercados nesta segunda-feira e aponta correções leves após os ganhos registrados na semana anterior.

No trigo, os contratos negociados na Bolsa de Chicago operam em queda moderada, movimento atribuído ao realinhamento das posições dos fundos de investimento. No mercado físico brasileiro, os preços permaneceram estáveis no dia 26 de dezembro, mas ainda acumulam alta no comparativo mensal tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul. No cenário internacional, o mercado segue atento às negociações envolvendo o conflito entre Rússia e Ucrânia, avaliando possíveis impactos de um eventual acordo, especialmente em custos logísticos e de seguros, sem alterações estruturais no momento.

A soja também apresenta leve recuo nos contratos futuros em Chicago, após uma semana de melhora no ambiente macroeconômico global, que deu suporte aos mercados agrícolas. Esse cenário favoreceu uma ampliação parcial da exposição dos fundos ao setor, movimento comum no período de fim de ano. No mercado interno, os preços tiveram variações discretas no Paraná, com estabilidade no interior e leve ajuste no porto de Paranaguá. Na América do Sul, o clima segue com maior umidade no Brasil e condições mais secas na Argentina, enquanto os agentes já começam a direcionar atenção para eventos relevantes de janeiro, como o balanceamento de índices e o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

No milho, os preços iniciaram a semana com realização de lucros após altas expressivas registradas recentemente. O mercado segue dependente do ritmo das exportações dos Estados Unidos e das incertezas geopolíticas no Mar Negro. No Brasil, a demanda firme das indústrias de etanol, amido e proteínas animais continua oferecendo suporte no médio e longo prazo.

O cenário geral é complementado por um dólar levemente mais valorizado, petróleo em alta, fator que favorece soja e milho, e um índice do dólar em leve queda, o que tende a beneficiar o trigo. Com informações: ConecteMS