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Hoje é Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2025.
As exportações brasileiras de carne bovina para a China deverão ter papel fundamental na manutenção do equilíbrio dos preços do boi gordo ao longo de 2026. A avaliação consta no relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, que destaca a importância do mercado chinês em um cenário de maior oferta de animais nos próximos meses.
Segundo o gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, Cesar de Castro Alves, o fluxo regular de embarques ao país asiático será decisivo para evitar pressão negativa sobre as cotações, especialmente diante do aumento da oferta de animais de pasto e do período sazonal de descarte de fêmeas. Caso as exportações se mantenham em níveis consistentes, o mercado tende a encontrar maior estabilidade.
No mercado futuro, a arroba do boi gordo para 2026 foi cotada, em média, a R$ 333,10 no dia 12 de dezembro, representando uma valorização de 6% em relação aos preços projetados para 2025. O relatório aponta ainda expectativa de moderação gradual da oferta ao longo do próximo ano, o que pode contribuir para a estabilização das cotações no médio prazo.
A China adiou para janeiro a decisão sobre o processo de investigação de salvaguarda envolvendo o setor de carne bovina, tema considerado sensível para o Brasil, principal fornecedor do produto ao mercado chinês. O adiamento ajudou a reduzir a pressão sobre os contratos futuros de dezembro, enquanto o mercado físico segue estável, limitando movimentos de alta nos vencimentos mais curtos.
Apesar de a relação entre os preços da carne e do boi ainda indicar algum espaço para valorização, a oferta abundante de animais tem impedido altas mais expressivas. Dados preliminares de abates sob inspeção federal em novembro mostram a manutenção do ritmo elevado observado em setembro e outubro, reflexo da boa disponibilidade de animais prontos para o abate.
As margens projetadas para os confinamentos seguem positivas, sustentadas pelos preços futuros do boi e pelos custos de ração ainda controlados. No entanto, o aumento no preço do boi magro tem se tornado um ponto de atenção, já que a maior dificuldade de reposição pressiona a rentabilidade dos pecuaristas.
No mercado de reposição, o bezerro deve continuar em trajetória de valorização, impulsionado pela oferta restrita e pela maior demanda nas fases de recria e engorda. Com informações:Conectems
