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Mestra do choro, flautista francesa Odette Dias morre aos 96 anos no Rio de Janeiro

Fundadora do Clube do Choro de Brasília, musicista deixa legado marcante na formação de gerações de instrumentistas brasileiros.
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Odette Ernest Dias, flautista francesa radicada no Brasil, foi uma das fundadoras do Clube do Choro de Brasília e referência na formação musical no país (Foto: Divulgação). Por: Editorial | 24/12/2025 14:31

A flautista Odette Ernest Dias morreu nesta quarta-feira (24), aos 96 anos, no Rio de Janeiro, deixando um legado profundo para a música brasileira, especialmente para o choro. Nascida na França, ela escolheu o Brasil como sua casa e se tornou uma das grandes referências do gênero no país.

Na década de 1970, Odette costumava receber amigos músicos em sua residência, em Brasília, para longas rodas de chorinho. Esses encontros deram origem ao Clube do Choro da capital federal, que se consolidou ao longo dos anos como um dos principais espaços dedicados ao gênero no Brasil.

Segundo o filho da artista, o violonista Jaime Ernst Dias, Odette teve uma carreira longa e atuou como professora até os 90 anos, no conservatório do Rio de Janeiro. “Ela deixa um legado tanto artístico quanto educacional, influenciando muitas gerações de músicos”, afirmou. Odette teve seis filhos, cinco deles músicos, e foi inspiração direta para toda a família.

A musicista chegou ao Rio de Janeiro aos 23 anos para integrar a Orquestra Sinfônica Brasileira. Anos depois, mudou-se para Brasília, onde foi contratada pela Universidade de Brasília para lecionar flauta. Nos palcos, firmou parcerias importantes, como com a pianista Elza Kazuko Gushiken, e consolidou sua carreira como solista.

Além de fundadora do Clube do Choro, Odette também gravou obras marcantes, como o disco “Paisagem Noturna”, em parceria com o filho. Em nota, o Ministério da Cultura lamentou a morte da flautista e destacou sua contribuição decisiva para a consolidação do Clube do Choro como referência cultural e patrimônio imaterial do Distrito Federal.

O ministério ressaltou ainda o papel da artista como educadora, lembrando sua generosidade no ensino e o compromisso com a formação musical. O atual diretor do Clube do Choro, Henrique Neto, também destacou a importância histórica da musicista. Segundo ele, mesmo em homenagens recentes, como a realizada em 2021, Odette fazia questão de tocar, demonstrando sua paixão permanente pelo choro. Com informações: Dourados News




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