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Hoje é Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2025.
Para quem não consegue comprar um peru para a ceia de Natal, Chester e Fiesta aparecem como alternativas mais acessíveis. Apesar do tamanho maior, esses produtos não são aves diferentes: tratam-se de frangos comuns que passaram por um processo específico de seleção genética para crescer mais do que os vendidos durante o resto do ano.
Produzidos pelas marcas Perdigão e Seara, respectivamente, esses frangos são desenvolvidos exclusivamente para o abate. Diferentemente das aves usadas na reprodução, o frango de Natal não gera descendentes, o que obriga os produtores a reiniciar todo o processo de linhagem genética a cada ano.
Outra diferença importante está no sexo das aves. Apenas os machos são destinados à produção de Chester e Fiesta, pois crescem mais rapidamente e atingem maior peso. As fêmeas, por terem menor desenvolvimento, acabam sendo direcionadas ao mercado de frangos consumidos no dia a dia.
De acordo com Elsio Figueiredo, da Embrapa Suínos e Aves, o processo para obter esses frangos maiores leva cerca de um ano e envolve o cruzamento de linhagens genéticas específicas. No caso do Chester, por exemplo, a principal característica buscada é o peito grande, atributo selecionado desde a geração dos bisavós.
Ao todo, quatro linhagens diferentes, identificadas como A, B, C e D, são escolhidas para a reprodução. Cada uma apresenta uma característica desejada, como maior volume de peito, melhor aproveitamento da ração, maior capacidade de postura de ovos ou ganho de peso. O cruzamento dessas linhagens resulta na geração final, conhecida como ABCD, que é o frango comercializado nas festas de fim de ano. Com informações: g1
