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Hoje é Domingo, 21 de Dezembro de 2025.
O desejo pelo emagrecimento rápido tem levado milhares de pessoas a recorrerem às chamadas canetas emagrecedoras, como Ozempic e Mounjaro, medicamentos que ganharam projeção nas redes sociais após serem exibidos por influenciadores e celebridades. O problema é que, na pressa pelos resultados, muitos consumidores ignoram critérios básicos de segurança e passam a utilizar esses produtos sem acompanhamento médico, ou pior, recorrem a versões falsificadas.
O crescimento da procura acendeu o alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que reforçou recentemente os riscos associados à compra e ao uso irregular desses medicamentos. De acordo com o órgão, a comercialização de canetas emagrecedoras falsas representa grave ameaça à saúde pública e configura crime hediondo no Brasil.
A farmacêutica Natally Rosa explica que o perigo é ainda maior quando o produto tem origem desconhecida ou é manipulado fora das normas sanitárias. Segundo ela, o organismo fica exposto a riscos imprevisíveis, que vão desde a ineficácia do tratamento até contaminações graves.
“Quando uma pessoa se submete ao uso de um medicamento fora das regulamentações, os riscos são potencializados. Pode não haver a resposta terapêutica esperada e ainda existir a presença de contaminantes, o que agrava o quadro de saúde”, alerta.
Para evitar cair em golpes, a farmacêutica orienta que o consumidor observe atentamente a embalagem do produto. Informações como rótulo em português, identificação clara do princípio ativo, número do lote e prazo de validade precisam estar visíveis e legíveis. A ausência desses dados ou embalagens com apresentação suspeita são sinais claros de irregularidade.
Outro ponto de atenção é o preço. Valores muito abaixo do praticado no mercado devem ser encarados como um alerta grave. “Esses medicamentos têm custo elevado e seguem rigorosos processos de fabricação. Preços milagrosos geralmente escondem riscos igualmente grandes”, destaca.
Natally reforça ainda que as canetas emagrecedoras só podem ser vendidas mediante prescrição médica, com retenção da receita, conforme determina a legislação. Qualquer oferta fora desse padrão coloca o consumidor em risco e deve ser denunciada.
O recado das autoridades é claro: emagrecer não pode custar a saúde, e muito menos a vida.
