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Hoje é Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2025.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, um decreto que recomenda o afrouxamento das regras federais sobre a maconha. O texto orienta o procurador-geral a acelerar o processo de reclassificação da substância, atualmente enquadrada entre as drogas consideradas mais perigosas pela legislação federal.
Hoje, a maconha está na mesma categoria de substâncias como heroína e ecstasy, classificadas como de alto potencial de abuso e sem uso médico aceito. A proposta do governo é transferi-la para um nível considerado menos rígido, semelhante ao de analgésicos comuns, o que pode alterar significativamente a forma como a droga é tratada no país.
Segundo autoridades norte-americanas, o principal objetivo da mudança é ampliar as pesquisas científicas sobre a maconha e seus derivados, permitindo estudos mais aprofundados sobre riscos e possíveis aplicações terapêuticas. A reclassificação também pode facilitar o acesso de empresas do setor a bancos e investidores, além de reduzir punições criminais relacionadas à posse da substância.
A iniciativa é considerada uma das mudanças federais mais relevantes sobre o tema nas últimas décadas e pode impactar diretamente a indústria da cannabis, que já movimenta bilhões de dólares em estados onde o uso é permitido por lei local.
Apesar disso, o uso recreativo da maconha continuará ilegal em nível federal. Atualmente, 24 dos 50 estados norte-americanos já legalizaram o consumo recreativo, enquanto outros permitem apenas o uso medicinal, criando um cenário de divergência entre as legislações estaduais e federais.
A maconha é a droga ilícita mais consumida nos Estados Unidos e no mundo. Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças indicam que quase um em cada cinco americanos utiliza a substância ao menos uma vez por ano. Ao longo das últimas décadas, milhões de pessoas foram presas por posse da droga, mesmo com o crescimento de empresas legalizadas ligadas ao setor.
Para que a mudança proposta por Trump entre em vigor, a Agência de Fiscalização de Drogas dos Estados Unidos deverá revisar a recomendação e decidir se a maconha será incluída em uma categoria menos rigorosa da lista de substâncias controladas. A decisão final cabe ao órgão. Com informações: g1
