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Cometa 3I/ATLAS: como a Nasa está monitorando sua passagem

Objeto interestelar será visível nesta sexta-feira (19) e representa avanço científico, sem oferecer risco de colisão com a Terra.
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O cometa interestelar 3I/ATLAS, registrado pela câmera L’LORRI a bordo da sonda Lucy, durante sua passagem pelo Sistema Solar (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 18/12/2025 15:27

O cometa interestelar 3I/ATLAS fará sua maior aproximação da Terra nesta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, quando estará a cerca de 270 milhões de quilômetros do planeta. A Nasa confirmou que não há qualquer risco de colisão e destaca que o fenômeno representa uma oportunidade rara para a ciência, já que se trata de apenas o terceiro objeto interestelar já identificado cruzando o Sistema Solar.

O corpo celeste foi descoberto em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS, instalado no Chile. Sua órbita hiperbólica confirmou rapidamente que o cometa não se originou no Sistema Solar, mas veio de outra região da galáxia. Antes da aproximação com a Terra, o 3I/ATLAS já havia passado pelo periélio, o ponto mais próximo do Sol, em 29 de outubro, a cerca de 210 milhões de quilômetros.

Segundo a Nasa, esta sexta-feira marca o melhor momento para observação do cometa antes que ele siga definitivamente para fora do Sistema Solar. Mesmo distante, a passagem permite que astrônomos coletem dados inéditos sobre sua estrutura, composição e comportamento.

Análises indicam que o núcleo do 3I/ATLAS possui entre 440 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro, envolto por uma coma alongada em formato de gota. Imagens captadas pelo Telescópio Espacial Hubble revelaram detalhes precisos da morfologia do objeto, algo raro quando se trata de visitantes interestelares.

A composição química foi estudada pelo Telescópio Espacial James Webb, que identificou gases e poeira semelhantes aos de cometas do Sistema Solar, porém com variações que indicam formação em ambientes cósmicos diferentes. Esses dados ajudam cientistas a compreender melhor como sistemas planetários se formam em outras regiões da galáxia.

Para monitorar o 3I/ATLAS, a Nasa mobilizou uma ampla rede de observatórios e missões espaciais. Além do Hubble e do James Webb, o observatório SPHEREx analisou gases e poeira por meio de dados espectrais. As sondas Lucy e Psyche também registraram imagens durante suas missões.

Missões em Marte, como o Mars Reconnaissance Orbiter e o rover Perseverance, contribuíram com observações a partir da órbita e da superfície marciana. Já as sondas SOHO e Parker Solar Probe acompanharam a interação do cometa com o vento solar, ampliando o entendimento sobre sua dinâmica.

Depois de ‘Oumuamua, em 2017, e do 2I/Borisov, em 2019, o 3I/ATLAS reforça o avanço da astronomia na detecção e no estudo de objetos vindos de fora do Sistema Solar, abrindo novas possibilidades para compreender a diversidade do universo.  Com informações: Forbes




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