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Como Labubu, Morango do Amor e Bobbie Goods foram do auge ao flop em 2025

Fenômenos digitais impulsionados por algoritmos e redes sociais mostram a força da economia da atenção e o caráter efêmero das tendências de consumo.
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No auge da popularidade, os bonecos Labubu se tornaram símbolo de desejo coletivo impulsionado pelas redes sociais (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 18/12/2025 15:24

As Pesquisas do Ano do Google 2025 destacaram três fenômenos que nasceram em nichos específicos e rapidamente ganharam projeção global: os bonecos Labubu, o morango do amor e os livros de colorir Bobbie Goods. Em comum, os três casos revelam como algoritmos, redes sociais e comportamento digital coletivo são capazes de transformar produtos em desejos massivos, ainda que por um período curto.

O Labubu, boneco produzido pela fabricante chinesa Pop Mart, tornou-se febre após viralizar no TikTok. O item deixou de ser apenas um objeto de coleção e passou a representar pertencimento a um fenômeno cultural, movimentando mais de R$ 2 bilhões em vendas e alcançando valores elevados em edições especiais. Com a saturação do conteúdo e a queda do engajamento, o interesse diminuiu, evidenciando a fragilidade de produtos sustentados exclusivamente pelo hype.

Outro exemplo foi o morango do amor, doce artesanal com forte apelo visual que se espalhou pelo Instagram e outras plataformas. A estética chamativa impulsionou versões sofisticadas e de alto valor, vendidas por até R$ 2.100 em grandes centros urbanos. Apesar do sucesso momentâneo, o produto também perdeu força à medida que novas tendências ocuparam o espaço nas redes.

Já os livros de colorir Bobbie Goods viralizaram com vídeos relaxantes e estética nostálgica, especialmente no TikTok e no Instagram. O fenômeno rendeu cerca de 150 mil exemplares vendidos no Brasil, impulsionado pelo desejo de desaceleração e bem-estar, mas também mostrou sinais de esgotamento conforme o formato se tornou repetitivo.

Para a especialista em marketing digital Monique Souza, esses movimentos são resultado direto dos rastros digitais deixados pelos usuários. Antes de se tornarem dados, esses comportamentos viram cultura, conversas e sinais que ajudam a identificar tendências. Plataformas como TikTok, Instagram e YouTube não apenas amplificam essas ondas, mas atribuem narrativa e significado coletivo aos produtos.

Os algoritmos de recomendação exercem papel central nesse processo ao selecionar o que ganha visibilidade. Nesse ambiente, engajamento se converte em tráfego, que gera demanda e receita, muitas vezes sem a necessidade de grandes campanhas publicitárias. O consumo online reforça essa dinâmica, com a maioria dos brasileiros comprando pela internet, pesquisando preços no Google e realizando compras pelo celular.

Especialistas apontam que o maior desafio para marcas é o timing. Aproveitar uma tendência cedo pode gerar relevância, enquanto entrar tarde demais transmite oportunismo. Casos como o do Labubu ilustram como a dependência exclusiva da viralização pode levar a uma queda rápida.

Mais do que produtos, Labubu, morango do amor e Bobbie Goods se tornaram símbolos culturais e moedas sociais. Representaram pertencimento, identidade e participação em um fenômeno coletivo. O cenário reforça como cultura, tecnologia e consumo estão cada vez mais integrados e como compreender dados, contexto social e comportamento é essencial para construir relevância duradoura.Com informações: Forbes 




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