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Hoje é Sábado, 27 de Dezembro de 2025.
O reconhecimento do Brasil como área livre de febre aftosa sem vacinação, oficializado em 2025, colocou a suinocultura de Mato Grosso do Sul em um novo patamar de visibilidade e credibilidade no cenário internacional. Com o novo status sanitário, o estado passa a integrar um seleto grupo de regiões com elevado nível de segurança sanitária, fator decisivo para acessar mercados cada vez mais exigentes.
Os reflexos já aparecem nos números. Apenas em novembro, Mato Grosso do Sul exportou 1,84 mil toneladas de carne suína in natura, gerando US$ 4,49 milhões em receitas. No acumulado de janeiro a novembro, os embarques somaram 20,7 mil toneladas, com faturamento de US$ 49,2 milhões, crescimento de 11,76% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para a consultora de economia da Famasul, Eliamar de Oliveira, o novo status funciona como um verdadeiro selo de confiança. Segundo ela, além de ampliar oportunidades comerciais, o reconhecimento consolida a imagem de segurança sanitária da produção sul-mato-grossense no mercado global. “A certificação é uma oportunidade, mas também um compromisso. Manter padrões elevados de biosseguridade e gestão sanitária passa a ser essencial para sustentar esse patamar”, avalia.
O avanço sanitário ocorre em paralelo ao aumento da produção. Somente em novembro, os frigoríficos do estado registraram o abate de 311,1 mil suínos, alta de 4,96% em comparação ao mesmo mês de 2024, indicador que reforça o dinamismo da cadeia produtiva e o alinhamento às exigências internacionais.
Para manter competitividade, a profissionalização das granjas segue como desafio central. A consultora técnica da Famasul, Fernanda Lopes, destaca a importância de práticas rigorosas de biosseguridade, como controle de acesso, restrição de trânsito, planos de contingência e monitoramento permanente do plantel. Essas medidas são fundamentais para preservar o acesso a mercados estratégicos, como Singapura, Filipinas e Emirados Árabes Unidos.
Fernanda ressalta ainda que, embora o novo status sanitário fortaleça a imagem do país, ele atua de forma indireta na valorização do suíno vivo. “Oferta equilibrada, demanda firme e exportações em alta foram determinantes para sustentar os preços. O status contribui ao manter mercados abertos e reforçar a confiança dos compradores”, explica.
Mais exposto às oportunidades e exigências globais, o setor entra em um ciclo contínuo de modernização. “Normas mais rígidas, vigilância permanente e elevação do padrão produtivo passam a fazer parte da rotina. A certificação reforça o compromisso do estado com a qualidade e fortalece toda a cadeia”, conclui a consultora. Com informações: Conecte MS.
