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Economia brasileira recua pelo segundo mês seguido, aponta FGV

Juro alto freia atividade em outubro, apesar de crescimento no acumulado do ano.
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Economia brasileira registra retração em outubro, impactada pelo patamar elevado da taxa básica de juros. (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 16/12/2025 14:31

A economia brasileira registrou retração de 0,3% em outubro na comparação com setembro, segundo dados do Monitor do PIB, estudo mensal divulgado nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado marca o segundo mês consecutivo de queda da atividade econômica, após recuo de 0,6% observado em setembro.

De acordo com a FGV, a principal explicação para a perda de fôlego da economia é o patamar elevado da taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. Esse é o maior nível desde julho de 2006, quando a taxa chegou a 15,25%. A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que mantém os juros elevados como estratégia para conter a inflação.

Na comparação com outubro do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento de 1%. Já no trimestre móvel encerrado em outubro, a economia avançou 1,5% em relação ao mesmo período de 2024. No acumulado de 12 meses, o crescimento é de 2,3%.

Segundo a economista Juliana Trece, responsável pelo levantamento, o juro alto encarece o crédito, desestimula investimentos e reduz o consumo, impactando diretamente a atividade econômica. “Esse movimento ajuda a conter a inflação, mas tem como efeito colateral o esfriamento da economia, com menor geração de emprego e renda”, avalia.

Pela ótica da produção, o desempenho negativo da agropecuária e da indústria contribuiu para o recuo registrado em outubro. Já sob a ótica da demanda, os investimentos e o consumo do governo tiveram impacto negativo no resultado.

No trimestre móvel, o consumo das famílias cresceu 0,5%, sustentado principalmente pelo setor de serviços e pelos bens semiduráveis, enquanto bens duráveis e não duráveis apresentaram desempenho negativo. As exportações, por sua vez, avançaram 8,9% no período, impulsionadas por produtos agropecuários e da indústria extrativa mineral, mantendo trajetória de crescimento desde março de 2025.

Em valores correntes, a FGV estima que o PIB brasileiro acumulado até outubro alcance R$ 10,53 trilhões.

O Monitor do PIB é considerado um indicador prévio da atividade econômica. Outro termômetro é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que apontou queda de 0,2% em outubro e crescimento de 2,5% em 12 meses. O resultado oficial do PIB é divulgado trimestralmente pelo IBGE, que informou expansão de 0,1% no terceiro trimestre e de 2,7% no acumulado de 12 meses. O dado referente ao quarto trimestre de 2025 será divulgado em março de 2026. Com informações: Agência Brasil.




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