Funcionários da Petrobras entram em greve nacional por tempo indeterminado

Paralisação começou na madrugada desta segunda-feira e reivindica avanços em aposentadoria, cargos e salários e defesa da estatal como empresa pública.

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Planos de aposentadoria e cargos e salários estão entre as principais reivindicações dos trabalhadores do Sistema Petrobras em greve nacional (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil). Por: Editorial | 15/12/2025 13:46

Trabalhadores do Sistema Petrobras iniciaram, à zero hora desta segunda-feira (15), uma greve nacional por tempo indeterminado. O movimento foi deflagrado após a rejeição da segunda contraproposta apresentada pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insuficiente pelas entidades sindicais.

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a adesão começou ainda na madrugada, com a entrega da operação de plataformas no Espírito Santo e no Norte Fluminense às equipes de contingência da empresa. Também houve paralisação total no Terminal Aquaviário de Coari, no Amazonas. Pela manhã, trabalhadores de seis refinarias ligadas à FUP não realizaram a troca de turno das 7h, mantendo a greve nas unidades Regap (MG), Reduc (RJ), Replan (SP), Recap (SP), Revap (SP) e Repar (PR).

Segundo os sindicatos, a proposta apresentada pela Petrobras não trouxe avanços nos principais pontos da negociação. Entre as reivindicações estão uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que afetam aposentados e pensionistas; melhorias no plano de cargos e salários, sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal; e a chamada pauta pelo Brasil Soberano, que defende a manutenção da Petrobras como empresa pública e estratégica para o país.

A FUP afirma ainda que, além da falta de respostas sobre os PEDs, tema debatido há quase três anos, a empresa não apresentou soluções consistentes para outras pendências acumuladas durante o processo de negociação.

Em nota, a Petrobras confirmou que houve manifestações grevistas em unidades da companhia, mas informou que não há impacto na produção de petróleo e derivados. A empresa destacou que adotou medidas de contingência para garantir a continuidade das operações e assegurou que o abastecimento do mercado está mantido. A estatal afirmou respeitar o direito de manifestação dos empregados e disse manter canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, reforçando o compromisso de seguir negociando o acordo coletivo. Com informações: Dourados News / Agência Brasil