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Hoje é Sábado, 27 de Dezembro de 2025.
Mato Grosso do Sul tem se consolidado como referência nacional em agropecuária sustentável, especialmente na recuperação de pastagens degradadas, considerada uma das prioridades estratégicas do Estado para garantir competitividade, sustentabilidade e segurança alimentar. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o Estado demonstra que é possível ampliar a produção aliando responsabilidade ambiental e tecnologia.
Com cerca de 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas passíveis de recuperação, o governo estadual vem enfrentando um desafio histórico por meio de políticas públicas estruturantes, crédito sustentável e inovação. Esse conjunto de ações colocou Mato Grosso do Sul entre os líderes nacionais em manejo responsável do solo e da água, fortalecendo a chamada nova economia verde.
Entre as principais iniciativas estão programas como Prosolo, MS Irriga, Plano ABC+ MS, Precoce MS, FCO Verde e o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Essas políticas estimulam práticas conservacionistas, irrigação sustentável, sistemas integrados de produção, pecuária de baixo carbono e incentivos financeiros para produtores que preservam solo e recursos hídricos.
Estudos de instituições como LAPIG e MapBiomas indicam que o Estado possui grande extensão de áreas com baixo vigor de pastagem. Parte significativa dessas áreas está localizada no Pantanal, onde a dinâmica natural e a presença de vegetação nativa não caracterizam degradação causada pela ação humana, informação essencial para orientar políticas públicas adequadas.
De acordo com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, a degradação observada em Mato Grosso do Sul decorre principalmente de práticas antigas da pecuária extensiva, com baixa taxa de lotação e pouco manejo do solo. A resposta do Estado a esse cenário resultou na consolidação de políticas permanentes voltadas à recuperação produtiva e ambiental.
Além disso, o Estado investe em credibilidade internacional, com aportes de R$ 7,6 milhões em certificação e monitoramento de carbono na produção de soja e milho. Na pecuária, avança com a implantação do Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina, prevista para iniciar em 2026, e com o desenvolvimento do Selo Verde, que integrará dados ambientais e produtivos das cadeias da carne e da soja.
Mato Grosso do Sul também lidera o ranking nacional em áreas com Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, somando mais de 3,6 milhões de hectares, e figura entre os maiores consumidores de bioinsumos do país. Em parceria com instituições como Agraer e Senar, o Estado promove capacitações técnicas voltadas à adoção de práticas de baixo carbono, intensificação sustentável e redução de emissões de gases de efeito estufa. Com informações:Famasul
