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Hoje é Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2025.
Mato Grosso do Sul fechou 2025 com resultados expressivos no agronegócio, sustentados por recordes de produção, fortalecimento da pecuária, expansão industrial e avanços sanitários que ampliaram o acesso a mercados internacionais. O desempenho consolidou o estado como um dos principais polos do agro brasileiro, combinando crescimento econômico, sustentabilidade e competitividade.
A safra 2024/25 alcançou 28 milhões de toneladas de soja e milho, crescimento de 35% em relação ao ciclo anterior, garantindo ao estado o quinto lugar no ranking nacional. O milho foi o grande destaque, com aumento de 62% na produtividade após a quebra registrada na safra passada. A expansão das indústrias de etanol de milho contribuiu diretamente para esse resultado, com produção de 1,58 bilhão de litros do biocombustível, alta de 58%.
Outras cadeias produtivas também avançaram. A citricultura segue em expansão, com projeção de 30 mil hectares de laranja, enquanto o amendoim mantém ritmo acelerado, com 43,5 mil hectares plantados e produção estimada em 173,7 mil toneladas. O setor de florestas plantadas ultrapassou 1,89 milhão de hectares de eucalipto, impulsionado pela expectativa de novas plantas industriais em Inocência e Bataguassu.
Ao longo de 2025, intensificou-se a adoção de práticas sustentáveis, como sistemas integrados, rotação de culturas, manejo conservacionista do solo e estratégias de mitigação climática, tornando a produção mais resiliente e alinhada às exigências do mercado internacional.
Na pecuária, o abate de bovinos cresceu 4%, totalizando 4,1 milhões de cabeças. A suinocultura também avançou, com 3,5 milhões de animais abatidos, enquanto a avicultura manteve estabilidade, com 186,2 milhões de aves. O Valor Bruto da Produção (VBP) alcançou cerca de R$ 84 bilhões, alta de 18%, impulsionada pelo desempenho produtivo e pela valorização dos preços. O PIB estadual deve encerrar o ano com crescimento de 6,8%, superando R$ 227 bilhões.
As exportações do agronegócio somaram US$ 9,2 bilhões entre janeiro e novembro, crescimento de 4%. A celulose liderou as vendas externas, seguida pela soja em grãos e pela carne bovina, que registrou aumento de 51% e faturou US$ 1,70 bilhão.
O avanço do setor foi acompanhado por investimentos em infraestrutura e logística. A nova concessão da BR-163/MS prevê R$ 16,6 bilhões em obras ao longo de 29 anos. A Rota da Celulose deve receber cerca de R$ 10 bilhões, conectando regiões produtoras aos corredores de exportação. A confirmação do leilão da Hidrovia do Rio Paraguai para 2026 e melhorias em aeroportos regionais reforçam o escoamento da produção.
No campo sanitário, o estado celebrou o reconhecimento do Brasil como área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal, além da manutenção do status livre de outras enfermidades de impacto econômico. Mato Grosso do Sul também avançou na agenda ambiental com a implementação do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Pantanal, que remunera produtores pela conservação da vegetação nativa, e com a promulgação da Lei do Pantanal, garantindo segurança jurídica e valorizando práticas sustentáveis.
Com resultados expressivos em produção, exportações e sustentabilidade, Mato Grosso do Sul encerra 2025 consolidado como uma das principais forças do agronegócio brasileiro, com perspectivas positivas para os próximos anos.
