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Hoje é Domingo, 14 de Dezembro de 2025.
Mato Grosso do Sul encerra 2025 como um dos estados que mais avançaram no agronegócio brasileiro, impulsionado por uma safra recorde de 28 milhões de toneladas de soja e milho, crescimento de 18% no Valor Bruto da Produção (VBP) e conquistas sanitárias que ampliaram o acesso a mercados internacionais. O desempenho foi acompanhado por investimentos em logística, expansão de novas cadeias produtivas e atração de indústrias, consolidando o estado como referência nacional em produtividade, sustentabilidade e competitividade.
A atuação integrada entre Famasul, Senar/MS, CNA, Governo do Estado e órgãos federais resultou em avanços estruturantes ao longo de 2025. A safra 2024/25 registrou crescimento expressivo, com soja e milho somando 28 milhões de toneladas, alta de 35% em relação ao ciclo anterior, garantindo ao estado a quinta colocação no ranking nacional. A produtividade do milho foi o principal destaque, com avanço de 62% frente à safra anterior, marcada por forte quebra.
O crescimento foi impulsionado pela expansão das indústrias de etanol de milho. Na safra atual, Mato Grosso do Sul produziu 1,58 bilhão de litros do biocombustível, crescimento de 58%, estimulando diretamente a demanda por grãos. Outras cadeias também avançaram, como a citricultura, que projeta 30 mil hectares de laranja, e o amendoim, com área plantada de 43,5 mil hectares e produção estimada em 173,7 mil toneladas.
O setor de florestas plantadas seguiu em forte expansão, com a área de eucalipto superando 1,89 milhão de hectares, impulsionada pela expectativa de instalação de novas plantas industriais em Inocência e Bataguassu. A adoção de práticas regenerativas e de manejo sustentável se intensificou, com sistemas integrados, rotação de culturas e manejo conservacionista do solo, alinhando produtividade às exigências ambientais.
Na pecuária, o abate de bovinos cresceu 4%, totalizando 4,1 milhões de cabeças. A suinocultura alcançou 3,5 milhões de animais abatidos, também com alta de 4%, enquanto a avicultura manteve estabilidade, com 186,2 milhões de aves abatidas. O VBP do agronegócio sul-mato-grossense atingiu cerca de R$ 84 bilhões, e o PIB estadual deve encerrar o ano com crescimento de 6,8%, superando R$ 227 bilhões.
As exportações do agronegócio cresceram 4% entre janeiro e novembro, alcançando US$ 9,2 bilhões. A celulose liderou as vendas externas, com US$ 2,84 bilhões, seguida pela soja em grãos, com US$ 2,33 bilhões, e pela carne bovina, que cresceu 51% e somou US$ 1,70 bilhão.
O ano foi marcado também por avanços em infraestrutura e logística. A retomada da concessão da BR-163/MS prevê investimentos de R$ 16,6 bilhões ao longo de 29 anos. A Rota da Celulose, com cerca de 870 quilômetros de rodovias, prevê investimentos estimados em R$ 10 bilhões. A confirmação do leilão da Hidrovia do Rio Paraguai para 2026 e melhorias em aeroportos regionais reforçam a competitividade logística do estado.
A citricultura ganhou novo impulso com políticas públicas e controle fitossanitário rigoroso. O estado já soma mais de 15 mil hectares em produção e cerca de 7 milhões de mudas plantadas, com projeção de expansão significativa nos próximos anos. Leis estaduais e municipais reforçaram o combate ao greening, enquanto linhas específicas do FCO passaram a apoiar financeiramente novos empreendimentos.
Em maio, o Brasil conquistou o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecimento internacional concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal. Mato Grosso do Sul manteve ainda altos padrões sanitários em outras cadeias, permanecendo livre de doenças como Influenza Aviária e Peste Suína Africana.
Outro destaque foi a implementação do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Bioma Pantanal, que passou a remunerar produtores pela conservação ambiental. A iniciativa foi acompanhada pela promulgação da Lei do Pantanal, que garantiu segurança jurídica e valorizou práticas produtivas sustentáveis, fortalecendo o ambiente de negócios no estado.
Para 2026, entidades do setor produtivo projetam continuidade dos investimentos, ampliação da capacitação técnica e fortalecimento da defesa sanitária, com foco em manter o agronegócio de Mato Grosso do Sul competitivo, sustentável e estratégico no cenário nacional. Com informações: FAMASUL
