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Proibição de redes sociais para menores de 16 anos na Austrália gera reações entre brasileiros

Famílias brasileiras que vivem no país relatam impacto da nova lei, dificuldades de adaptação, tentativas de driblar as regras e mudanças na rotina dos adolescentes.
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Oprah Parsons e a filha Theodora relatam impacto imediato do bloqueio das redes sociais na rotina familiar (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 12/12/2025 07:19

A lei que proíbe menores de 16 anos de usarem redes sociais começou a valer na Austrália nesta quarta-feira (10), provocando alívio para alguns pais e desconforto para outros responsáveis e adolescentes. A medida, pioneira no mundo, foi aprovada no fim de 2024 e busca proteger jovens de conteúdos impróprios, aliciamento e riscos à saúde mental, sob o lema Let them be kids.

Com a mudança, plataformas como Instagram, Facebook, Threads, TikTok, Snapchat, YouTube, X, Reddit, Kick e Twitch devem desativar contas de menores de 16 anos e impedir novas criações. Ficam de fora serviços como YouTube Kids, Google Classroom, WhatsApp, Roblox e Discord, por não terem como propósito principal a interação direta e a publicação livre entre usuários.

Brasileiros que vivem na Austrália relataram como estão lidando com a nova rotina.

Oprah Parsons, de Woy Woy, afirma que não imaginava o quanto a filha Theodora, de 9 anos, era dependente das redes. Segundo ela, a menina ficou ansiosa e desorientada quando teve as contas bloqueadas. Oprah acredita que a mudança pode ser positiva, já que vinha encontrando resistência ao impor limites por conta própria. Agora, incentiva a filha a brincar e desenhar.

A adolescente Gabriella Rossi, de 14 anos, moradora de Sydney, perdeu o acesso ao YouTube e diz sentir que sua liberdade foi reduzida, embora não utilizasse plataformas como TikTok ou Instagram. Sua mãe, Fernanda Rossi, defende que decisões desse tipo deveriam partir das famílias e das escolas, e teme que a proibição possa despertar ainda mais interesse entre os jovens.

Para Ana Lucia Ferreira, moradora de Sydney há mais de duas décadas, a medida foi bem recebida por ela e por outros pais. Seus filhos Alicia, de 12 anos, e Jake, de 15, passavam cerca de duas horas por dia nas redes antes do bloqueio. Segundo ela, a antecipação do anúncio e o preparo das escolas contribuíram para uma adaptação tranquila. Acredita que a mudança devolve às crianças tempo para criatividade e atividades físicas.

Mesmo sem relatos diretos de adolescentes que burlaram o sistema, jovens contaram que alguns alteraram a data de nascimento antes do bloqueio. Outros tentaram, mas foram impedidos por ferramentas de reconhecimento facial. Após perder o acesso ao TikTok, Jake baixou um aplicativo semelhante que ainda não entrou na lista proibida. De acordo com a imprensa local, o governo monitora essas plataformas alternativas e pode ampliar o bloqueio.

No Brasil, medidas voltadas à proteção digital de adolescentes também estão previstas. Em março de 2026, passam a valer as normas do Estatuto Digital da Criança e do Adolescente (ECA Digital), aprovado em setembro. Com informações: g1




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