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Hoje é Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2025.
O homem de 51 anos que confessou ter matado Claudecir Costa Lima, de 52 anos, e o filho dele, Felipe Willyan Cardoso, de 17, se apresentou na Delegacia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta terça-feira (9). Acompanhado do advogado, ele prestou depoimento e foi liberado em seguida.
O crime ocorreu na noite de sábado (6), na Rua Amaral Ubá, e foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens, o autor chama os moradores no portão, retorna ao carro, pega uma espingarda e atira contra Claudecir. Ao ouvir o disparo, Felipe se aproximou de uma janela para verificar o que havia acontecido e também foi atingido.
Segundo o delegado, o suspeito fugiu após o crime e não foi encontrado em flagrante. Como se apresentou voluntariamente e se colocou à disposição da polícia, não houve prisão naquele momento. O delegado afirmou que ainda não há elementos que justifiquem a prisão preventiva, mas que novas diligências serão realizadas e, se necessário, a medida será solicitada.
Durante o depoimento, o homem alegou manter desentendimentos antigos com a família da vítima e disse sentir-se provocado porque Claudecir estacionaria veículos próximo à sua chácara. A versão não convenceu a polícia. Testemunhas relataram que, após o suspeito matar um cachorro da família há mais de um ano, as vítimas passaram a evitar contato com ele.
O delegado descartou preliminarmente a alegação de que Claudecir seria violento ou ligado a pessoas agressivas. Segundo Machado, não há registros que apontem comportamento agressivo da vítima, descrita como pacífica, religiosa e trabalhadora. Ele também afastou, por ora, a hipótese de intolerância religiosa mencionada por familiares, embora testemunhas de ambos os lados ainda devam ser ouvidas.
A esposa de Claudecir, relatou que a mulher do suspeito esteve no portão após o crime e afirmou que ele “não gostava da família porque eles eram crentes”. A Polícia Civil segue investigando o histórico de conflitos e confirmou a materialidade do homicídio qualificado, tanto pelo motivo fútil quanto pela impossibilidade de defesa das vítimas, além da autoria, comprovada por imagens e confissão.
O autor dos disparos responde em liberdade enquanto as investigações continuam. Com informações: Banda B
