Flávio Bolsonaro: pré-candidatura vira moeda de troca no tabuleiro eleitoral de 2026

Anúncio do senador, feito após missão atribuída por Jair Bolsonaro, provoca reação no Centrão e levanta dúvidas sobre a viabilidade de seu nome na disputa presidencial.

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O senador Flávio Bolsonaro participa de vigília após Jair Bolsonaro ser levado à custódia da Polícia Federal, em Brasília, em 22 de novembro de 2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi) Por: Editorial | 09/12/2025 07:38

A revelação de Flávio Bolsonaro de que foi escolhido pelo pai, Jair Bolsonaro, para disputar a Presidência em 2026 alterou o cenário político nacional. O anúncio foi feito na sexta-feira (5) e surpreendeu tanto aliados quanto opositores, especialmente porque ocorre em meio à prisão do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.

A decisão veio ao fim de uma semana turbulenta para a família Bolsonaro. Dias antes, Michelle Bolsonaro havia inviabilizado publicamente uma articulação entre o PL e Ciro Gomes no Ceará. A reação gerou críticas de Flávio e Carlos Bolsonaro, seguidas posteriormente de um pedido de desculpas de Flávio.

Mesmo assim, a pré-candidatura do senador nasceu sob forte resistência de líderes do Centrão, que demonstram preferência por nomes de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná. No fim de semana, Flávio admitiu que sua pré-candidatura “tem um preço” e pode ser retirada se houver contrapartida adequada, sinalizando que sua entrada na disputa pode servir como instrumento de barganha política.

Para analisar o movimento, o podcast O Assunto, apresentado por Natuza Nery, conversa com Octavio Guedes, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Ele avalia a estratégia do bolsonarismo, a postura do Centrão diante da indefinição de candidaturas e os desafios de viabilidade eleitoral de Flávio em 2026.

O debate ocorre num momento em que aliados veem com cautela a fala do senador sobre o “preço” da retirada da candidatura, interpretada como politicamente desastrosa. Enquanto isso, partidos do centro-direita buscam aproveitar o vazio deixado pela prisão de Jair Bolsonaro para construir alternativas próprias na disputa presidencial.

O Assunto é produzido por Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan, com apresentação de Natuza Nery. O podcast, disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube, soma mais de 168 milhões de downloads desde 2019. Com informações: g1