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Três anos após operação, apenas um conselheiro do TCE-MS segue afastado por suspeita de corrupção

Enquanto dois conselheiros retornaram aos cargos e recuperaram a renda, Ronaldo Chadid continua impedido de atuar e enfrenta redução salarial.
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Conselheiros Waldir Neves, Iran Coelho das Neves e Ronaldo Chadid (Foto: Divulgação/TCE-MS). Por: Editorial | 08/12/2025 09:35

Três anos após a Operação Terceirização de Ouro, deflagrada em 8 de dezembro de 2022 pela Polícia Federal, apenas um dos conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul permanece afastado do cargo por suspeita de corrupção. A ação foi a segunda fase da Operação Mineração de Ouro, aberta em 2021 após a identificação de indícios de irregularidades envolvendo servidores, conselheiros e empresários.

Os conselheiros Iran Coelho das Neves, Waldir Neves e Ronaldo Chadid foram retirados de suas funções e submetidos a monitoramento por tornozeleira eletrônica. Porém, com o avanço lento dos processos, Iran e Waldir obtiveram autorização para voltar, enquanto Chadid segue afastado por tempo indeterminado e ainda enfrenta significativa redução de renda.

A investigação apontou que empresas participavam de licitações fraudulentas com trâmites acelerados, exigências técnicas indevidas e contratação conjunta de serviços distintos, além da apresentação de documentos falsificados. O escândalo resultou na renúncia de Iran à presidência do TCE, na convocação de conselheiros substitutos e na revogação de um contrato de mais de R$ 100 milhões com a empresa Dataeasy Informática.

Com o afastamento, os conselheiros tiveram perdas salariais que chegaram a 80%. Iran viu seus vencimentos caírem de R$ 209,5 mil, em abril de 2022, para R$ 24 mil em janeiro de 2023. Waldir, que havia recebido R$ 185,1 mil em abril de 2022, passou a receber R$ 29,2 mil no início de 2023, redução de 84,2%. Já Chadid teve a remuneração reduzida de R$ 148,6 mil para R$ 34,7 mil no mesmo período.

Em 2025, decisões judiciais devolveram os cargos a Iran e Waldir. Em maio, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu medidas que afastavam Waldir, e em agosto autorizou o retorno de Iran. Desde então, ambos viram os ganhos crescerem mais de 130% entre abril e setembro. Chadid tentou, sem sucesso, recuperar parte da renda e segue afastado, sendo o único conselheiro ainda impedido de atuar. Com informações: Mídiamax




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