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Hoje é Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2025.
As exportações brasileiras de carne de frango devem fechar o ano com crescimento de até 0,5%, chegando a 5,32 milhões de toneladas. A projeção, divulgada nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), mostra que o setor conseguiu superar os entraves comerciais provocados pelo surto de gripe aviária registrado em maio, que levou países como China, Japão e União Europeia a adotarem barreiras temporárias.
Antes da confirmação de casos da doença no Rio Grande do Sul — situação controlada em aproximadamente um mês — a ABPA esperava um aumento maior, de até 1,9%, totalizando 5,4 milhões de toneladas. Já em agosto, diante da continuidade das restrições, a entidade chegou a prever retração de até 2% nas exportações, estimadas naquele momento em 5,2 milhões de toneladas.
Segundo a ABPA, o cenário internacional também pode favorecer o desempenho brasileiro. O retorno de focos de gripe aviária nos Estados Unidos tende a reduzir a oferta do principal concorrente do Brasil no mercado global, abrindo espaço para maiores embarques nacionais. “O Brasil responde por 38% do comércio mundial de frango, enquanto os EUA detêm 27%. Qualquer queda nas exportações americanas provoca impacto direto no setor”, explicou Ricardo Santin, presidente da associação.
As perspectivas para a produção interna também são positivas. As estimativas mais recentes apontam que o volume produzido deve avançar até 2,2% em 2025, chegando a 15,3 milhões de toneladas, e crescer mais 2% em 2026, alcançando 15,6 milhões de toneladas.
A ABPA também projeta alta significativa para a cadeia suinícola. A entidade indica que o Brasil pode se tornar o terceiro maior exportador mundial de carne suína em 2025, impulsionado por surtos de peste suína africana em nações da Europa e na Ásia, especialmente nas Filipinas. As exportações brasileiras de carne suína podem crescer até 10% este ano, atingindo 1,49 milhão de toneladas, enquanto a produção deve subir até 4,6%, chegando a 5,55 milhões de toneladas. Com informações Mídia Agricola Global
