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Quase 2 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no Brasil em 2024

Apesar da melhora, ainda há 7,35 milhões de brasileiros vivendo com menos de US$ 2,15 por dia e outros 48 milhões na pobreza, segundo síntese de indicadores sociais do IBGE.
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Gráfico do IBGE mostra a queda no número de brasileiros em situação de pobreza e extrema pobreza em 2024 (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 03/12/2025 13:39

Quase 2 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza em 2024. A Síntese de Indicadores Sociais divulgada nesta quarta-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que houve redução de 20,7% no número de pessoas vivendo com até US$ 2,15 por dia no país.

Em 2024, 7,35 milhões de pessoas ainda estavam na extrema pobreza, o equivalente a 3,5% da população nacional. O número é inferior aos 9,28 milhões registrados em 2023 (4,4% da população) e o menor da série histórica iniciada em 2012.

A região Nordeste permanece como a que apresenta maior proporção de habitantes na extrema pobreza: 6,5% viveram com até US$ 2,15 por dia em 2024. Apesar disso, foi também a região que mais avançou, já que em 2023 esse percentual era de 9,1%.

Na faixa da pobreza, definida como rendimento diário de até US$ 6,85, o Brasil também apresentou melhora. No último ano, 8,62 milhões de pessoas deixaram essa condição. Ainda assim, 48,9 milhões permaneciam na pobreza em 2024, o que representa queda de 15% em relação a 2023. O Nordeste novamente lidera essa estatística, com 39,4% da população na pobreza, embora tenha mostrado redução importante frente aos 47,2% registrados no ano anterior.

Segundo o IBGE, os programas sociais foram o principal fator responsável pela melhora nos indicadores, acompanhados pelo maior dinamismo do mercado de trabalho. O órgão destacou que os valores médios dos benefícios do Programa Bolsa Família, mantidos acima dos níveis anteriores à pandemia, contribuíram diretamente para a redução da pobreza e extrema pobreza.

Um cálculo hipotético do IBGE aponta que, sem os programas sociais, a extrema pobreza teria sido 6,6 pontos percentuais maior, saltando de 3,5% para 10% da população. No caso da pobreza, o índice seria 5,5 pontos percentuais superior, passando de 23,1% para 28,7%.

Os dados também mostram que aumentou a parcela da população que vive em domicílios atendidos por programas sociais. Após queda contínua entre 2012 e 2019, a tendência se inverteu a partir de 2020, quando 36,8% das pessoas passaram a depender desses benefícios devido aos impactos da pandemia. Em 2024, esse índice chegou a 28,4%.

Embora os programas sociais tenham ganhado relevância no período pós-pandemia, o IBGE destaca que a renda do trabalho continua respondendo por mais de 70% do rendimento domiciliar total no país entre 2012 e 2024. A combinação entre transferência de renda e mercado de trabalho aquecido ajudou a reduzir desigualdade e pobreza monetária no último ano. Com informações: IstoÉDinheiro




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