|
Hoje é Quarta-feira, 03 de Dezembro de 2025.
Um novo laudo médico realizado pela equipe que acompanha o homem acusado de matar e arrancar o coração da própria tia em Sorriso aponta a persistência de sintomas graves e risco concreto à segurança dele e de outras pessoas. O documento reforça a determinação do juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, para que o acusado seja novamente internado, de forma imediata, no Centro Integrado de Assistência Social Adauto Botelho, em Cuiabá. A ordem prevê o recambiamento prioritário do paciente do estado de São Paulo para Mato Grosso.
O relatório clínico atualizado foi assinado em 19 de novembro por um psiquiatra e um psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial Nova Era, em Campinas (SP). Os profissionais identificaram comportamentos compatíveis com transtorno de personalidade antissocial e transtorno afetivo bipolar tipo I com episódios psicóticos, além de postura ameaçadora e incapacidade de reconhecer danos provocados a terceiros.
Segundo os especialistas, o paciente apresenta histórico de agressividade, impulsividade, irresponsabilidade, ausência de remorso, manipulação interpessoal e racionalizações que buscam justificar atitudes violentas.
A primeira decisão para restabelecer a internação ocorreu em 17 de novembro, após ele ser novamente detido por ameaçar a ex-esposa e por não estar fazendo uso correto dos medicamentos. Em nova manifestação, no dia 28 de novembro, o magistrado destacou que a equipe técnica não encontrou qualquer indício de cessação de periculosidade. Pelo contrário: concluiu que o acompanhamento no Caps de Campinas, mesmo com estrutura adequada e apoio familiar, não garante a segurança do paciente nem de terceiros. O juiz também ressaltou que os profissionais apontaram inadequação nas doses de medicação administradas.
O crime ocorreu em 3 de julho de 2019, quando a vítima, de 55 anos, foi morta a facadas, teve o coração retirado e entregue à própria filha. O autor do crime foi declarado inimputável e, por isso, não foi levado a júri popular. Em outubro de 2023, ele foi transferido para o Hospital Psiquiátrico Estadual Adauto Botelho.
No dia 18 de junho deste ano, com base em relatórios multiprofissionais que recomendavam a desinternação, o juiz Geraldo Fidelis expediu o alvará para que ele deixasse a unidade e retornasse a Campinas com o pai. Porém, em 14 de novembro, após novas ameaças à ex-esposa, ele voltou a ser preso, e o magistrado determinou sua internação imediata. Com informações Terra MT Digital
