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Crise entre Michelle Bolsonaro, filhos do ex-presidente e apoio do PL a Ciro expõe racha no partido

Declarações da ex-primeira-dama contra a aliança do PL com Ciro Gomes provocam reação dos enteados, geram pedido de perdão e levam cúpula da sigla a intervir para conter desgaste interno.
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Michelle Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Ciro Gomes durante eventos recentes que antecederam o conflito interno no PL (Foto: Reprodução) Por: Editorial | 02/12/2025 14:01

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida em 22 de novembro, desencadeou o primeiro conflito público entre Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-mandatário. A crise teve início após o diretório do PL no Ceará declarar apoio a uma possível candidatura de Ciro Gomes, do PSDB, decisão que, segundo aliados, teria sido autorizada pelo próprio Bolsonaro antes de ser detido. O aval teria sido alinhado pelo deputado André Fernandes, presidente estadual da sigla, que relatou conversas com o ex-chefe do Executivo e justificou a aproximação como estratégia para enfraquecer o PT no estado.

A posição do PL no Ceará irritou Michelle Bolsonaro, que, ao participar do lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão ao governo do estado, criticou o alinhamento com Ciro e classificou a decisão como precipitada. A ex-primeira-dama, que preside o PL Mulher, lembrou ofensas feitas pelo tucano a Bolsonaro em anos anteriores e questionou a pertinência da aliança. A reação provocou forte desconforto na cúpula do partido e resultou em manifestações públicas dos filhos do ex-presidente, que acusaram Michelle de desrespeitar decisões previamente discutidas com o pai. O senador Flávio Bolsonaro afirmou que a atitude da madrasta foi autoritária e que ela “atropelou” a articulação do PL cearense.

Com o acirramento do embate, Michelle divulgou uma nota na madrugada de terça-feira (2) pedindo perdão aos enteados, embora tenha reiterado discordância sobre o apoio a Ciro. Após conversas internas, Flávio Bolsonaro declarou que a situação entre ele e a ex-primeira-dama estava pacificada, mas ressaltou que decisões estratégicas seguirão sendo definidas pelo pai, mesmo preso. Apesar da aparente conciliação, o PL marcou reunião de emergência para conter desgastes e reforçar a hierarquia partidária. Dirigentes avaliam que a crise fragilizou a projeção política de Michelle e defendem que ela se afaste de debates eleitorais. A sigla também deve consolidar Flávio como principal articulador do bolsonarismo enquanto Jair Bolsonaro permanece detido e inelegível. Com informações CNN




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