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Hoje é Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na noite deste domingo (30), que a desigualdade no Brasil “é a menor da história”, durante pronunciamento em cadeia de rádio e televisão. A fala reforçou as mudanças no Imposto de Renda sancionadas na última quarta-feira (26), em Brasília, que garantem isenção para quem ganha até R$ 5 mil e ampliam a taxação sobre os super-ricos a partir de janeiro.
Com cerca de seis minutos, o pronunciamento destacou programas implementados pelo governo, como Pé-de-Meia, Luz do Povo e Gás do Povo, além de medidas voltadas à redução das desigualdades sociais.
Segundo Lula, apesar do avanço, o país ainda enfrenta forte concentração de renda. “O 1% mais rico acumula 63% da riqueza do país, enquanto a metade mais pobre detém apenas 2%”, declarou. Ele afirmou que a mudança no Imposto de Renda é “um passo decisivo”, mas que novas ações ainda serão adotadas.
Lula também detalhou o impacto financeiro para trabalhadores que deixarão de pagar Imposto de Renda. Ele citou que uma pessoa com salário de R$ 4.800 economizará cerca de R$ 4 mil ao ano, valor equivalente a “quase um décimo quarto salário”.
A compensação da renúncia fiscal virá do aumento de tributação sobre aproximadamente 140 mil brasileiros considerados super-ricos, que passarão a pagar uma alíquota adicional de até 10%. O governo estima que a medida injete R$ 28 bilhões na economia.
A nova lei, entretanto, não corrige toda a tabela do Imposto de Renda. Quem recebe acima de R$ 7.350 continuará pagando a alíquota máxima de 27,5%. O governo alega que uma revisão completa custaria mais de R$ 100 bilhões anuais.
Desde 2023, já havia isenção para trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, mas apenas para a faixa inferior da tabela, que segue com cinco alíquotas: 0%, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.
Para equilibrar as contas, a lei inclui uma alíquota progressiva de até 10% para contribuintes com renda anual acima de R$ 600 mil. Atualmente, pessoas de alta renda pagam, na prática, apenas 2,5% de IR sobre rendimentos totais, enquanto trabalhadores assalariados desembolsam entre 9% e 11%.
A legislação também estabelece limites para impedir que a soma de impostos pagos pela empresa e pelo contribuinte ultrapasse percentuais definidos, prevendo restituição quando necessário. Com informações: Agência Brasil.
