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Hoje é Quinta-feira, 27 de Novembro de 2025.
Mato Grosso do Sul participou da 3ª Oficina do Projeto de Federalização da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), realizada nos dias 25 e 26 de novembro, no Rio de Janeiro. A iniciativa integra a etapa estadual do projeto e é promovida pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, com apoio do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Conass e Conasems.
A oficina, voltada ao eixo Informação e Informática, reuniu representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul e de outros estados para discutir estratégias de integração e interoperabilidade dos dados em todo o Sistema Único de Saúde.
O avanço no Estado foi reforçado pela Resolução SES n. 495, de 11 de novembro de 2025, que instituiu o Grupo de Trabalho Estadual da Federalização da RNDS. O GT tem como objetivo acompanhar e propor ações alinhadas aos eixos temáticos do projeto.
A secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, destacou que a participação na oficina reafirma o compromisso de Mato Grosso do Sul com a modernização da gestão. Segundo ela, a transformação digital em saúde exige planejamento, governança e integração entre as esferas do SUS, ampliando a transparência e fortalecendo a capacidade de resposta do sistema.
Para a superintendente de Saúde Digital da SES e responsável estadual pelo processo, Márcia Tomasi, a federalização da RNDS representa um avanço decisivo na forma como as informações são produzidas e compartilhadas. Ela ressalta que a iniciativa amplia a segurança, a eficiência e a continuidade do cuidado à população.
O projeto nacional organiza a atuação dos estados em quatro eixos: institucional, governança, informação e informática, e comunicação. As duas primeiras oficinas, em Brasília e João Pessoa, discutiram os domínios Institucional e Governança. A próxima etapa está prevista para fevereiro de 2026, no Pará.
Segundo o consultor técnico do DataSUS, Josélio Queiroz, a federalização busca harmonizar o fluxo de dados enviados ao Ministério da Saúde e ampliar sua disponibilização em tempo oportuno, reforçando a vigilância em saúde e aprimorando o uso de evidências nas políticas públicas.
A RNDS, oficializada pelo Decreto n. 12.560, de julho de 2025, é a plataforma nacional de interoperabilidade criada para integrar sistemas, qualificar informações e ampliar o acesso a registros clínicos e administrativos. Ela reúne atualmente cerca de 2,4 bilhões de dados, como exames, atendimentos, vacinas e prescrições, agora centralizados e disponibilizados aos estados em tempo real.
A rede segue as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados, garantindo segurança e uso adequado das informações. A interoperabilidade permite que profissionais consultem o histórico clínico pelo SUS Digital Profissional, agilizando atendimentos, evitando duplicidades e apoiando a tomada de decisão dos gestores. Os cidadãos também têm acesso aos próprios registros por meio do aplicativo Meu SUS Digital. Com informações: Diário Digital
