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Últimas ararinhas-azuis que estavam na natureza estão com vírus letal sem cura; animal é considerado em extinção

As 11 aves repatriadas da Europa testaram positivo para circovírus, doença fatal para psitacídeos; espécie está extinta na natureza desde 2020.
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As 11 ararinhas-azuis viviam livres em Curaçá, no norte da Bahia, antes de serem recapturadas para exames (Foto: Acervo ICMBio) Por: Editorial | 27/11/2025 13:25

As últimas 11 ararinhas-azuis que viviam em liberdade no Brasil foram diagnosticadas com circovírus, um vírus letal e sem cura, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As aves faziam parte do programa de reintegração da espécie, considerada uma das mais raras do mundo e extinta na natureza desde 2020.

Repatriadas da Europa, elas estavam sob responsabilidade do criadouro privado Blue Sky, na Bahia, e foram recapturadas em novembro após uma ordem judicial que determinou a retirada dos animais do local. Exames confirmaram que todas estavam contaminadas.

O circovírus é o agente causador da doença do bico e das penas, que provoca falhas no empenamento, alterações na coloração das penas e deformações no bico. A doença não tem cura e, na maioria dos casos, é fatal. Não oferece risco aos humanos.

Segundo o ICMBio, inspeções encontraram falhas graves de biossegurança no criadouro, como viveiros e comedouros sujos, falta de isolamento de aves doentes e ausência de equipamentos de proteção individual entre os funcionários. A empresa foi multada em R$ 1,8 milhão.

Cláudia Sacramento, coordenadora da área de emergências do ICMBio, afirmou que a contaminação poderia ter sido evitada. Ela também destacou que ainda não se sabe como as aves foram infectadas, já que o circovírus não é comum na região onde estavam soltas, sendo mais frequente na Austrália.

Agora, as ararinhas seguem sob cuidados do instituto, mas não poderão retornar à natureza. Com informações: g1




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