Máxima de Campo Grande passa por ampla reforma para reforço da segurança

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) anunciou a entrega de diversas obras no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande. As intervenções abrangem reformas estruturais, ampliação de espaços e modernização do sistema de segurança. Parte dos serviços foi executada pelos próprios internos e tem como objetivo aprimorar o controle interno, melhorar condições de trabalho e fortalecer ações de ressocialização.

Entre as principais melhorias estão novas celas de trânsito e isolamento, manutenção de corredores, reforço da iluminação e implantação de muros antimotim em dois pavilhões. O pavilhão 4, que abriga o setor de saúde, passa por revitalização completa, incluindo reformas nas salas de assistência social, odontologia e nos solários.

Uma das medidas consideradas mais importantes pela administração é a instalação de cobertura metálica sobre os pavilhões 1, 2 e 6, destinada a impedir ou dificultar o envio de objetos ilícitos por drones. A área educacional também foi totalmente renovada, com instalação de telas entre professores e alunos, climatização, novas lousas de vidro, sala de informática, espaço para oração e sala de videoconferência. Biblioteca e setores de inclusão e trabalho foram acrescentados.

A unidade adotou uniformes diferenciados para internos que atuam na manutenção e criou um pavilhão de reabilitação para detentos com bom comportamento. A modernização energética inclui troca de cabeamentos, quadros de energia e redes de água e esgoto. No pavilhão 1, 78 portas de celas foram recuperadas, e reformas seguem em telhados, torres, corredores, áreas externas, cozinha e pavilhão 6.

As antigas camas de madeira foram substituídas por estruturas de concreto. O entorno recebeu pintura, calçamento e nova iluminação. A penitenciária também reforçou ações sustentáveis, como o programa de reciclagem com remição de pena, e instalou novos hidrantes nos pavilhões 1 e 2. Outra novidade é a fábrica própria de blocos e pavers, que aumenta as frentes de trabalho e fornece materiais para as obras internas.

A etapa atual inclui reforma da portaria, revitalização da fachada, construção de novas celas para embarque e desembarque de internos e ajustes no setor odontológico. As próximas fases contemplam reformas completas nos pavilhões 1 e 2, além de limpeza e iluminação de toda a muralha externa.

Segundo o diretor da unidade, Milson Caetano, o conjunto de intervenções marca um ciclo de modernização da Máxima. Já o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, afirma que as obras seguem uma diretriz contínua de qualificação do sistema prisional, alinhando segurança, infraestrutura e condições para ressocialização. Com informações: Campo Grande News