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Hoje é Quinta-feira, 27 de Novembro de 2025. 
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Um incêndio de grandes proporções atingiu, na quarta-feira (26), um complexo residencial de arranha-céus em Hong Kong, deixando 55 mortos e pelo menos 72 feridos, segundo autoridades locais. O episódio, considerado o mais mortal na cidade em três décadas, continuava sendo combatido pelo segundo dia consecutivo. Três pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento no caso.
Quase 300 moradores seguiam desaparecidos até a última atualização, muitos deles ainda presos nos prédios atingidos, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O complexo incendiado possui oito torres residenciais, cada uma com mais de 30 andares.
(Foto: REUTERS/Tyrone Siu)
As autoridades informaram que 51 vítimas morreram no local e quatro faleceram no hospital. Os feridos apresentavam queimaduras e problemas respiratórios causados pela inalação de fumaça. Segundo os bombeiros, o fogo em quatro blocos já havia sido extinto, enquanto três focos permaneciam sob controle; apenas um edifício não foi atingido.
A investigação preliminar aponta que o incêndio pode ter se espalhado rapidamente devido às telas verdes de construção e aos andaimes de bambu instalados para reformas. A polícia afirmou que o material não atendia às normas de segurança contra incêndio. Três funcionários da empreiteira responsável foram presos sob suspeita de homicídio culposo. De acordo com a superintendente Eileen Chung, há indícios de negligência extrema que teria contribuído para a tragédia.
Equipes policiais realizaram buscas no escritório da Prestige Construction & Engineering Company, responsável pelas obras, apreendendo caixas de documentos como parte da investigação. O complexo residencial, localizado no distrito de Tai Po, abriga cerca de 4,6 mil moradores em dois mil apartamentos, conforme censo de 2021.
Entre as vítimas está um bombeiro. Outros agentes também ficaram feridos durante o combate às chamas, que enfrentaram temperaturas elevadas dentro das torres, dificultando o acesso para resgate.
O Departamento de Bombeiros recebeu o chamado às 3h51 (horário de Brasília) e mobilizou centenas de agentes. O alerta de incêndio chegou ao nível 5, o mais alto da escala. Aproximadamente 400 policiais também foram deslocados para auxiliar na operação.
O incêndio provocou o fechamento de uma seção da rodovia Tai Po e o desvio de linhas de ônibus. Dois quarteirões ao redor do complexo chegaram a ser isolados pela polícia.
Hong Kong possui histórico de incêndios graves. Em 1996, um episódio causado por soldagem durante reformas deixou 41 mortos e levou à revisão das normas de segurança em prédios altos. O uso de andaimes de bambu, tradicional na região, vem sendo reduzido após 22 mortes de trabalhadores entre 2019 e 2024. Somente em 2025, ao menos três incêndios envolvendo esse tipo de estrutura foram registrados. Com informações: g1
