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Uso irregular de canetas “emagrecedoras” acende alerta e SES reforça cuidado seguro no tratamento da obesidade

Secretaria de Estado de Saúde alerta para riscos de produtos clandestinos e orienta população a buscar acompanhamento profissional.
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Autoridades de saúde alertam para riscos de canetas “emagrecedoras” irregulares e reforçam a importância do acompanhamento profissional (Foto: Divulgação). Por: Editorial | 26/11/2025 09:26

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) emitiu um alerta sobre o aumento dos casos de obesidade e a circulação irregular de canetas “emagrecedoras” na região de fronteira. Muitas dessas versões chegam de forma clandestina ao Estado e são comercializadas sem controle, o que representa risco grave à saúde da população.

Segundo a Cvisa (Coordenação de Vigilância Sanitária Estadual), produtos manipulados, importados sem receita ou vendidos em clínicas e redes sociais não passam por avaliação de qualidade. Essas versões podem conter impurezas, toxinas, substâncias desconhecidas e até bactérias. O uso irregular pode provocar reações adversas, intoxicações e, em casos extremos, levar à morte.

“Essas canetas de medicamentos importados sem registro na Anvisa não têm qualquer garantia de eficácia e segurança. É fundamental que a população busque orientação médica e evite medicamentos de origem duvidosa. A prevenção da obesidade deve estar baseada em informação, acompanhamento e hábitos saudáveis, não em promessas rápidas”, destacou Alexandre Tutes, farmacêutico da Vigilância Sanitária Estadual. Denúncias podem ser enviadas diretamente à Vigilância Sanitária.

Acompanhamento e dados da doença

A obesidade está entre as condições crônicas mais acompanhadas pela Atenção Primária à Saúde (APS) em todo o Estado. O excesso de peso está associado a doenças como diabetes, hipertensão, dislipidemias e alguns tipos de câncer, que compõem grande parte dos atendimentos no SUS.

Dados do Ministério da Saúde mostram que a proporção de adultos com obesidade subiu 72% em 13 anos, saltando de 11,8% em 2006 para 24,3% em 2023. Em Mato Grosso do Sul, números do SISVAN (2024) apontam que, entre 432.773 pessoas avaliadas, 32,76% apresentaram sobrepeso, 23,06% obesidade grau I, 10,36% obesidade grau II e 5,99% obesidade grau III. Apenas 25,94% estavam com IMC adequado.

Como parte das estratégias de enfrentamento, a SES publicou em 2024 a LCSO (Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade), documento que organiza ações e fluxos dentro da rede de saúde. A medida está sendo implementada gradualmente e prevê melhorias estruturais, apoio técnico às equipes, fortalecimento da prevenção e ampliação do acesso ao tratamento adequado.

O Ministério da Saúde informou que as canetas com medicamentos voltados ao emagrecimento ainda não foram incorporadas ao SUS devido ao alto impacto financeiro.

Orientações ao público

A SES reforça que o tratamento da obesidade deve sempre ser conduzido por profissionais habilitados e baseado em diretrizes clínicas reconhecidas. O uso de medicamentos não registrados, manipulados em grande escala ou adquiridos sem prescrição é ilegal e oferece riscos significativos.

A rede pública mantém ações contínuas de promoção da alimentação adequada e saudável, incluindo educação alimentar, incentivo ao consumo de alimentos in natura e criação de ambientes que favoreçam escolhas mais equilibradas.

A orientação das autoridades de saúde é clara: evitar produtos de origem duvidosa e buscar suporte profissional são passos essenciais para um tratamento seguro, eficaz e responsável. Com informações: Secretaria de Estado de Saúde (SES).




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