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Hoje é Quinta-feira, 27 de Novembro de 2025.
A morte da pós-graduanda Catarina Kasten, de 31 anos, chocou Florianópolis e repercutiu nacionalmente. Ela foi violentada sexualmente e assassinada na manhã de sexta-feira (21), enquanto se deslocava para uma aula de natação pela trilha do Matadeiro, no Sul da Ilha. O suspeito, um homem de 21 anos, confessou os crimes e teve a prisão preventiva decretada. Ele responderá por estupro e feminicídio.
Segundo relato registrado no boletim de ocorrência, Catarina saiu de casa por volta de 6h50. O companheiro estranhou sua ausência ao longo da manhã e, por volta das 12h, recebeu mensagens sobre pertences encontrados na trilha. Após confirmar que a estudante não havia chegado à aula, acionou a Polícia Militar.
(Foto: Divulgação)
Durante as buscas, dois homens informaram aos policiais ter encontrado um corpo no local. O SAMU e as polícias Civil e Científica foram acionados. À polícia, o suspeito afirmou ter asfixiado Catarina com um cadarço e cometido violência sexual. O material genético foi recolhido para análise.
A identificação do suspeito ocorreu por meio de câmeras de monitoramento e imagens registradas por duas turistas que notaram seu comportamento e o fotografaram. Com a identidade confirmada, policiais foram até sua residência, onde ele confessou o crime. Roupas que apareciam nas imagens foram apreendidas junto aos pertences da vítima.
O suspeito foi identificado como Giovane Correa Mayer, natural de Viamão (RS), morador da região desde 2019. Ele relatou ter retornado de uma festa na madrugada do crime. A defesa é feita pela Defensoria Pública, que informou que todas as pessoas conduzidas ao cárcere recebem atendimento jurídico durante as audiências.
Catarina era estudante de pós-graduação em estudos linguísticos e literários na UFSC, formada em Letras Inglês em 2022 e com planos de ingressar no doutorado. Também havia sido aluna da Engenharia de Produção e integrava o Centro Acadêmico Livre de Engenharia de Produção.
Na manhã de sábado (22), amigas, colegas e moradoras realizaram um ato na trilha do Matadeiro, refazendo o percurso em homenagem à estudante e reivindicando mais segurança para mulheres na região. As participantes expressaram sentimentos de dor, medo e revolta diante do feminicídio.
A UFSC divulgou nota manifestando pesar e indignação, repudiando a violência contra mulheres e cobrando responsabilização. O Centro de Comunicação e Expressão também lamentou a perda e destacou a contribuição de Catarina para o programa de pós-graduação. A Defensoria Pública reiterou sua missão constitucional de garantir atendimento jurídico a pessoas vulneráveis, incluindo vítimas de violência de gênero e acusados sem advogado.
O Ministério Público de Santa Catarina ainda não informou se recebeu o inquérito policial ou se apresentou denúncia contra o suspeito. Com informações: g1
