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Tornozeleira de Bolsonaro foi programada para alertar sobre áreas diplomáticas

A região das embaixadas e consulados, em Brasília, foi definida como zona de exclusão, onde Bolsonaro estava proibido de circular. O alerta disparou na manhã deste sábado (22), enquanto ele era conduzido pela Polícia Federal, motivo pelo qual não foi tratado como violação.
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Tornozeleira de Bolsonaro com avarias — Foto: Reprodução / PF Por: Editorial | 23/11/2025 08:10

A tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi programada para emitir alertas caso ele se aproximasse de embaixadas e consulados estrangeiros localizados na Asa Sul, em Brasília. A restrição constava na decisão de julho do ministro Alexandre de Moraes, que determinou medidas cautelares ao citar risco de fuga.

Segundo apuração do blog, após a meia-noite, quando as autoridades substituíram o equipamento violado, a nova tornozeleira registrou dois alertas adicionais. O primeiro ocorreu às 6h20, quando Bolsonaro deixou sua residência. O segundo, cerca de dez minutos depois, foi disparado ao passar próximo da região das embaixadas.

A residência do ex-presidente havia sido configurada como zona de inclusão — área na qual ele deveria permanecer. Já o Setor de Embaixadas Sul era uma zona de exclusão, proibida para aproximação. Apesar dos disparos, as notificações não foram tratadas como violações, pois os deslocamentos ocorreram sob escolta da Polícia Federal. Bolsonaro estava sendo levado à delegacia, onde cumpre prisão preventiva.

Como funciona a calibragem da tornozeleira eletrônica

A calibragem da tornozeleira envolve a definição de perímetros eletrônicos, configurados por GPS. Esses perímetros podem ser:

  • Zonas de inclusão: locais onde o monitorado deve permanecer.

  • Zonas de exclusão: áreas proibidas, que disparam alerta imediato ao sistema de monitoramento.

  • Rotas autorizadas: trajetos liberados previamente, geralmente em deslocamentos oficiais ou acompanhados por agentes de segurança.

O equipamento envia sinais constantes para a central de monitoramento, informando posição, velocidade, direção e qualquer tentativa de violação, como rompimento, bloqueio de sinal ou entrada em área restrita.
A precisão do GPS pode variar, mas o sistema utiliza margem de segurança — chamada de “raio de tolerância” — para evitar falsos alertas. Em casos de proximidade com zonas sensíveis, como sedes diplomáticas, esse raio costuma ser mais rígido, exigindo maior precisão na geolocalização.

Para figuras públicas ou investigados em processos de alta complexidade, como no caso de Bolsonaro, o sistema é ajustado para nível máximo de sensibilidade, permitindo alertar a central mesmo quando o monitorado apenas se aproxima do limite da área restrita.

Histórico citado por Moraes

Na nova decisão, ao converter a prisão domiciliar em preventiva, Moraes recordou que Bolsonaro havia planejado fugir para a embaixada da Argentina, onde pretendia solicitar asilo político enquanto era investigado no processo sobre a trama golpista.

O ministro destacou ainda que o condomínio onde o ex-presidente mora fica a aproximadamente 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul — percurso de cerca de 15 minutos — reforçando o risco de tentativa de fuga por meio de representação diplomática.

Moraes mencionou precedentes de aliados de Bolsonaro — Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro — que deixaram o país diante de decisões judiciais, o que, segundo ele, aumenta a gravidade da situação. Com informações g1




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