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Hoje é Sábado, 22 de Novembro de 2025.
Os Estados Unidos anunciaram a eliminação da tarifa adicional de 40% sobre o café importado do Brasil, válida para produtos desembarcados a partir de 13 de novembro. A medida segue a retirada, na semana anterior, de uma tarifa de 10% sobre cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café.
A decisão foi recebida como alívio para exportadores brasileiros e para a indústria norte-americana, que enfrentava aumento de custos e queda de competitividade. Segundo Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, a normalização do comércio deve estimular as exportações e recompor o fluxo de negócios entre os dois países.
Apesar do impacto positivo no comércio, o mercado internacional reagiu com quedas expressivas nesta sexta-feira (21). Às 11h30, o café arábica para março caía 5,4% na Bolsa de Nova York, cotado a 356,25 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o robusta em Londres recuava 4,3% para US$ 4.433 por tonelada no contrato de janeiro. Barabach explicou que a suspensão das tarifas e a rolagem de contratos futuros eliminaram incertezas de curto prazo, provocando pressão negativa nos preços.
Analistas afirmam que a queda reflete um retorno à normalidade após meses de volatilidade provocada pelas tarifas anteriores, que impulsionaram altas por receio de escassez no maior mercado consumidor global. Com a retomada das condições comerciais usuais, os preços passam a se ajustar ao equilíbrio de oferta e demanda.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) comemorou a decisão, que reverteu tarifas impostas durante o governo de Donald Trump. A entidade destacou a articulação estratégica entre governos, a National Coffee Association (NCA) e a indústria torrefadora dos EUA, ressaltando que o café solúvel ainda não foi incluído na lista de isenções, e as negociações continuam.
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) também celebrou a medida, afirmando que ela corrige distorções históricas no mercado global e fortalece a parceria estratégica entre Brasil e Estados Unidos no setor cafeeiro. Com informações: Portal do Agronegócio
