|
Hoje é Sábado, 22 de Novembro de 2025.
O motorista envolvido no atropelamento que terminou na morte de um dos suspeitos, na Avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande, iniciou uma campanha online para tentar recuperar o carro destruído no acidente. O Fiat Punto, financiado e sem seguro, era seu único meio de transporte e instrumento de trabalho.
O caso aconteceu após o roubo do celular do condutor por dois homens que estavam em uma motocicleta. Durante a perseguição, ao ver o garupa simular o uso de uma arma, o motorista perdeu o controle do veículo e atingiu os suspeitos no cruzamento com a Rua Domingos Marquês. Um dos envolvidos morreu na hora, enquanto o outro foi preso portando celulares roubados e um simulacro de arma.
Em depoimento, o motorista disse que o episódio mudou completamente sua rotina e trouxe grande impacto emocional.
“Os últimos acontecimentos mudaram completamente minha rotina e realmente abalaram minha vida. Recebi muitas mensagens de apoio, sou grato por cada palavra. Meu carro é meu único meio de transporte, meu instrumento de trabalho ficou totalmente destruído. Ele é financiado, não tenho seguro e dependo dele para tudo”, declarou.
Sem condições de arcar com o conserto, ele iniciou uma vaquinha online.
“Eu nunca imaginei ter que pedir isso, mas nesse momento realmente eu preciso. Qualquer ajuda será muito bem-vinda e usada exclusivamente no conserto do carro”, afirmou.
Ele afirma que tenta se manter firme desde a noite da ocorrência.
“Agradeço a Deus em primeiro lugar e a todos que têm me enviado força. Realmente não sei nem o que dizer”, desabafou.
Relembre o caso
O atropelamento ocorreu na noite de uma quinta-feira. A dupla que roubou o celular do motorista fugiu em uma motocicleta e foi seguida por duas quadras. Conforme o boletim de ocorrência, o garupa simulou apontar uma arma, momento em que o condutor se abaixou e perdeu o controle do Punto, atingindo os dois.
O piloto da moto morreu antes da chegada do socorro e não tinha passagens pela polícia. A identificação foi confirmada no dia seguinte.
O garupa, que cursava uma universidade pública, mas havia desistido das aulas neste semestre, também não tinha antecedentes criminais. Preso e encaminhado ao hospital sob escolta, estava com celulares de vítimas e um simulacro de arma.
Durante o atendimento, um inspetor de alunos reconheceu a dupla como autora de outro roubo minutos antes, quando quatro homens em duas motos o abordaram e levaram seu celular.
O caso foi registrado como roubo, homicídio culposo na direção de veículo, lesão corporal culposa e roubo majorado. A Polícia Civil investiga se os envolvidos participaram de outros assaltos e tenta esclarecer a atuação de cada um nos crimes que antecederam o atropelamento. Com informações: Campo Grande News.
