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Indígena é morto e oito ficam feridos após ataque armado em terra indígena em Iguatemi

Comunidade denuncia que grupo armado invadiu a área durante a madrugada e atirou contra famílias.
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Área indígena em Iguatemi onde ocorreu o ataque armado (Foto: Reprodução) Por: Editorial | 17/11/2025 07:56

Um indígena foi morto e outras oito pessoas ficaram feridas após um ataque armado ocorrido na madrugada deste domingo, 16 de novembro, na Terra Indígena Iguatemipeguá I, em Iguatemi (MS). Imagens registradas por moradores mostram que a vítima foi atingida na cabeça por um disparo de arma de fogo.

Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) de Ponta Porã, cerca de 20 pessoas armadas, supostamente vindas de uma fazenda próxima, invadiram a comunidade e realizaram diversos disparos contra famílias e barracos. A Funai informou que este é o quarto ataque registrado desde 3 de novembro, em um contexto de conflito fundiário que já resultou em uma morte e deixou várias pessoas feridas.

Ainda conforme o órgão, na manhã deste domingo os invasores cercaram a área e destruíram estruturas improvisadas utilizadas pelos indígenas. A Polícia Federal esteve no local realizando os primeiros levantamentos, e o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que o ataque ocorreu durante uma tentativa de retomada da área conhecida como Pyelito Kue, onde está localizada a terra indígena. A Força Nacional de Segurança Pública foi deslocada para a região, enquanto os feridos aguardam atendimento médico.

A área onde vivem os indígenas tem histórico de disputa. Em outubro, o grupo Kaiowá e Guarani voltou a ocupar uma parte da Fazenda Cachoeira, localizada dentro de território indígena. Desde 2015, eles também ocupam 100 hectares da Fazenda Cambará, região oficialmente delimitada como terra indígena desde 2013, com extensão superior a 41 mil hectares.

A ministra dos Povos Indígenas declarou nas redes sociais que o assassinato ocorre em meio à luta pela defesa do território e reforçou a necessidade de atuação firme do Governo Federal contra grupos armados. Ela ressaltou que a regularização e demarcação de terras são essenciais para garantir a segurança das comunidades.

Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas manifestou pesar pela morte e afirmou que acompanha a situação por meio do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários, em conjunto com a Funai e órgãos de segurança pública. O documento destaca que ataques contra povos indígenas persistem apesar da visibilidade internacional sobre sua importância para a mitigação climática. Com informações: Primera Página




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