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Pará concentra startups da bioeconomia – e pode se tornar vitrine da Amazônia na COP 30

Segmentos de impacto socioambiental e de alimentos e bebidas lideram o ecossistema local e refletem o potencial da região para protagonizar um novo modelo de desenvolvimento sustentável.
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Startups paraenses combinam tecnologia, biodiversidade e saberes tradicionais, tornando o Pará referência em bioeconomia. (Foto: Fernando Frazão) Por: Editorial | 03/11/2025 14:31

Com a aproximação da COP 30, que será realizada em Belém (PA) no próximo mês, o Pará desponta como um dos estados mais estratégicos para posicionar o Brasil como referência em inovação sustentável.

Dados do Observatório Sebrae Startups mostram que o estado abriga 423 startups, com destaque para os segmentos de impacto socioambiental e alimentos e bebidas — áreas diretamente ligadas aos principais eixos de debate da conferência do clima.

Juntas, essas startups representam mais de 27% do ecossistema local, atuando com soluções que integram biodiversidade, conhecimento tradicional e tecnologia, gerando valor econômico a partir de bases sustentáveis.

“Estamos falando de negócios que não apenas promovem desenvolvimento local, mas que podem escalar nacional ou mesmo globalmente, tornando-se exemplos vivos de bioeconomia aplicada.”
Philippe Figueiredo, analista do Sebrae Nacional

O levantamento mostra que o modelo B2B (empresa para empresa) é o predominante entre as startups paraenses (34%), seguido por B2C (28,4%) e B2B2C (27,4%). Essa diversidade revela um ecossistema voltado tanto às grandes cadeias produtivas quanto ao consumidor final.

O principal modelo de receita é o de vendas diretas (51,3%), mas cresce a participação de startups que atuam em marketplaces e modelos SaaS (Software como Serviço) — evidenciando o avanço da digitalização e da integração tecnológica na Amazônia.

Em relação à maturidade, 30,7% das startups estão em fase de ideação e 27,2% em tração, o que demonstra um ecossistema ainda em desenvolvimento, mas com negócios já se consolidando e buscando escala.

Para o Sebrae, esse cenário reforça a importância de políticas públicas direcionadas e de apoio contínuo ao empreendedorismo inovador.

“O Brasil tem a chance histórica de mostrar ao mundo um novo modelo de desenvolvimento que nasce na floresta e se conecta com as grandes agendas globais.”
Philippe Figueiredo, analista do Sebrae Nacional

A expectativa é que a COP 30 funcione como uma vitrine global, oferecendo visibilidade a negócios locais e ampliando o interesse de investidores nacionais e internacionais em soluções desenvolvidas na Amazônia.

O Pará conta com infraestrutura de apoio em expansão: de acordo com o Relatório Amazônia Legal 2025, divulgado pelo Sebrae Startups, há pelo menos 39 iniciativas do Sebrae voltadas à inovação na região, além de parques tecnológicos, incubadoras e centros de inovação em operação.

“Nosso papel vai além do mapeamento. É dar suporte técnico, ampliar o acesso a capital e garantir que essas startups estejam preparadas para os holofotes internacionais durante a COP 30”,
conclui Philippe Figueiredo, do Sebrae Nacional.

Com informações: Agência Sebrae




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