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Hoje é Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo a menor marca da série histórica iniciada em 2012, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de desocupação, medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, permanece em mínima recorde desde o trimestre encerrado em julho.
Em comparação com o trimestre de abril a junho (5,8%), o desemprego caiu 0,2 ponto percentual. Já em relação ao mesmo período de 2024 (6,4%), a queda foi de 0,8 p.p. O número total de desempregados no país chegou a 6 milhões de pessoas, o menor contingente desde o início da série, representando queda de 3,3% no trimestre e 11,8% no acumulado de um ano.
A população ocupada manteve-se estável no trimestre, totalizando 102,4 milhões de trabalhadores, o que representa alta de 1,4% (ou mais 1,4 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a estabilidade na taxa ainda reflete o dinamismo do mercado. “O fato de a taxa estar em 5,6% pela terceira vez não dá para dizer que é um piso, até porque há movimentos de mercado e ainda tem a sazonalidade das contratações de fim de ano”, afirmou.
O rendimento real habitual atingiu novo recorde, com média de R$ 3.507, ficando estável no trimestre e 4% acima do registrado há um ano. Já a massa de rendimento real habitual chegou a R$ 354,6 bilhões, também recorde histórico, com estabilidade no trimestre e crescimento de 5,5% no ano.
De acordo com o economista André Perfeito, o aumento contínuo da renda real pode pressionar a inflação de serviços. “A persistência da elevação do rendimento médio real sugere que a inflação de serviços deve permanecer sob estresse, já que o custo de mão de obra está em alta”, avaliou.
Para Claudia Moreno, economista do C6 Bank, o mercado de trabalho seguirá forte até o fim do ano. “Se por um lado o mercado aquecido estimula a atividade econômica, de outro ele dificulta o controle da inflação, especialmente a de serviços. Nossa expectativa é de que o Copom mantenha os juros em 15% até o fim de 2025 e comece a reduzir a taxa Selic a partir de março de 2026”, projetou. Com informações: IstoÉDinheiro
