|
Hoje é Domingo, 21 de Dezembro de 2025.
Quatro policiais — dois civis e dois militares — morreram nesta terça-feira (28) durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A ação, parte da Operação Contenção, foi considerada a mais letal da história do estado, com 121 mortos confirmados, segundo o governo do Rio.
O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, informou que 58 mortes foram registradas na terça-feira e que mais 63 corpos foram localizados em áreas de mata nesta quarta-feira (29).
O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, disse que alguns desses corpos ainda não constam nos números oficiais.
O balanço mais recente aponta também 113 presos e 2.500 agentes mobilizados na operação.
Entre os feridos está o delegado Bernardo Leal, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que passou por cirurgia e está em estado grave.
1. Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho (Máskara)
Idade: 51 anos
Cargo: Comissário da 53ª DP (Mesquita)
Histórico: 26 anos de carreira na Polícia Civil. Foi promovido a comissário na véspera da operação. Atuou na DRE e na 18ª DP (Praça da Bandeira).
Curiosidade: Ganhou o apelido “Máskara” por lembrar o personagem do filme estrelado por Jim Carrey.
Circunstâncias da morte: Baleado durante confronto na chegada das equipes ao Complexo da Penha.
2. Rodrigo Velloso Cabral
Idade: 34 anos
Cargo: Policial civil da 39ª DP (Pavuna)
Tempo de serviço: Menos de dois meses na corporação.
Circunstâncias da morte: Morto na mesma ofensiva em que caiu o comissário Marcus Vinícius, durante intenso tiroteio na Penha.
3. Cleiton Serafim Gonçalves
Idade: 42 anos
Cargo: 3º sargento do Bope
Tempo de serviço: Desde 2008 na PM
Família: Casado, deixa esposa e uma filha.
Circunstâncias da morte: Baleado em confronto na Vila Cruzeiro, durante o avanço das tropas.
4. Heber Carvalho da Fonseca
Idade: 39 anos
Cargo: 3º sargento do Bope
Tempo de serviço: Desde 2011
Família: Deixa esposa, dois filhos e um enteado.
Circunstâncias da morte: Ferido na mesma troca de tiros que matou o sargento Cleiton Serafim.
As corporações divulgaram notas de pesar, destacando o “compromisso, coragem e lealdade” dos agentes mortos em combate.
A Operação Contenção foi planejada após mais de um ano de investigações da DRE, com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão contra lideranças de grupos.
Durante a ação, foram apreendidos 93 fuzis, pistolas, motocicletas e drogas.
Os confrontos envolveram o uso de drones com explosivos por suspeitos, barricadas incendiadas e bloqueios em vias importantes, como a Linha Amarela, Grajaú-Jacarepaguá e Rua Dias da Cruz, no Méier.
A cidade ficou paralisada por mais de 12 horas, com 43 escolas e 5 clínicas suspensas.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que a operação “foi planejada com inteligência” e “vai continuar”.
Já o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou que não houve pedido de apoio federal e que o governo “não foi comunicado oficialmente” da ação. Com informações: g1
