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Lula fica ‘estarrecido’ com número de mortos no Rio, diz Lewandowski; uso das Forças Armadas não foi discutido

Comitiva do governo federal deve viajar ao Rio ainda nesta quarta-feira (29) após megaoperação que deixou 121 mortos.
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Ministro da Justiça fala sobre a megaoperação no Rio de Janeiro, durante coletiva de imprensa em Brasília. (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 29/10/2025 13:38

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (29) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou “estarrecido” com o número de mortos na megaoperação realizada na terça-feira (28), no Rio de Janeiro.

A ação, considerada a mais letal da história do estado, ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha e deixou pelo menos 121 mortos, segundo o governo do Rio de Janeiro.

De acordo com Lewandowski, o presidente foi informado sobre o caso ao retornar de viagem pela Ásia e passou a manhã reunido com ministros no Palácio da Alvorada, em Brasília. Após o encontro, o ministro concedeu coletiva de imprensa ao lado do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Segundo o ministro, a operação foi “extremamente violenta” e destacou que a responsabilidade pela segurança pública é dos governos estaduais. “Com a PEC da Segurança Pública queremos promover maior cooperação entre todas as forças, para mudar esse panorama”, afirmou.

Lewandowski também disse que o governo federal foi surpreendido pela falta de informações oficiais sobre a operação.

Questionado sobre a possibilidade de decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) — que permite o uso das Forças Armadas em ações de segurança pública — o ministro afirmou que se trata de uma medida “excepcional” e que deve ser solicitada primeiro pelo governo estadual. Ele confirmou que o tema não foi discutido na reunião desta quarta-feira.

“O presidente da República é quem decide sobre uma GLO, reconhecendo a incapacidade das forças locais de conter o crime e restabelecer a ordem. Mas não houve esse pedido até o momento”, explicou.

O governo federal colocou à disposição do Rio de Janeiro vagas em presídios federais para transferência de presos e enviará equipes da Força Nacional e de perícia técnica para auxiliar na identificação dos corpos e nas investigações.

Durante a coletiva, Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, informou que houve apenas contatos “em nível operacional” entre as forças de segurança do Rio e a Superintendência da PF sobre uma grande operação, mas que a corporação avaliou que a ação “não era razoável” e decidiu não participar.

O governo federal reforçou que não houve comunicação formal sobre a operação e que o ministro Lewandowski deve conversar ainda nesta quarta-feira com o governador Cláudio Castro para avaliar as necessidades do estado e possíveis medidas de apoio. Com informações: g1




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