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Hoje é Quinta-feira, 27 de Novembro de 2025.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (25/10) que a relação do Brasil com a Malásia muda de patamar a partir da visita oficial realizada em Putrajaya, sede do governo malaio. O encontro com o primeiro-ministro Anwar Ibrahim marca o fortalecimento das relações bilaterais em áreas estratégicas e a assinatura de sete instrumentos de cooperação, além da abertura de seis novos mercados para produtos brasileiros.
“Eu não vim aqui apenas para vender ou comprar. Vim para mostrar que podemos mudar o mundo, garantir paz e promover livre comércio”, disse Lula, destacando a importância do multilateralismo e criticando conflitos internacionais, como os da Ucrânia e da Faixa de Gaza.
A visita consolida o diálogo iniciado nas cúpulas do G20 e do BRICS, refletindo convergência entre os países em temas globais como combate à fome, paz e fortalecimento de instituições multilaterais. O primeiro-ministro malaio enfatizou a amizade e a cooperação com o Brasil, destacando o compromisso de ambos os países em expandir relações além do comércio, incluindo cultura e desenvolvimento humano.
Entre os acordos assinados estão memorandos nas áreas de semicondutores, ciência e inovação tecnológica, pesquisa espacial e agricultura sustentável, além de cooperação acadêmica e diplomática. Novos mercados foram abertos para carne de frango, pescados, gergelim, melão, maçã e ovos em pó, e a auditoria em plantas de carne suína brasileiras foi antecipada.
O comércio bilateral entre Brasil e Malásia soma atualmente US$ 487,2 milhões em setembro de 2025, com superávit brasileiro de US$ 2,7 bilhões no ano anterior. O Brasil exporta principalmente minério de ferro e óleos brutos de petróleo, superando países europeus como França, Itália, Portugal e Reino Unido.
Lula também destacou a agenda climática, reafirmando o papel do Brasil como articulador internacional em sustentabilidade e ciência, e destacou que a COP30, que será realizada em Belém, será “a COP da verdade”, momento para transformar compromissos ambientais em resultados efetivos. Com informações: GOV.BR
