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Exportações de carne bovina da Argentina atingem maior volume mensal de 2025

Com 85 mil toneladas embarcadas em agosto, país registra recuperação no setor impulsionada por alta nos preços internacionais, valorização cambial e redução de impostos
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Argentina retoma força nas exportações de carne bovina com aumento expressivo nos embarques de agosto (Foto: Divulgação). Por: Editorial | 25/10/2025 09:10

As exportações argentinas de carne bovina alcançaram em agosto o maior volume mensal de 2025, totalizando 85 mil toneladas equivalentes de carcaça (TEC). O resultado representa uma expressiva recuperação em relação à mínima de março, quando foram embarcadas 52 mil TEC, e aproxima o país dos picos observados no mesmo período do ano passado, de 86 mil e 89 mil toneladas em agosto e setembro, respectivamente.

O avanço foi favorecido por um cenário internacional mais positivo: os preços da carne subiram, o câmbio se valorizou e o governo argentino reduziu em julho a alíquota dos impostos de exportação em 1,75 ponto percentual. Esses fatores ampliaram a competitividade da carne argentina no mercado global.

Entre os principais destinos, destacaram-se os aumentos nas vendas para a União Europeia (+1.400 t), Israel (+500 t) e Brasil (+100 t). Já México (-1.000 t), Chile (-400 t) e Rússia (-300 t) tiveram retração. Os embarques para China e Estados Unidos permaneceram praticamente estáveis, com destaque para o crescimento de 3.500 toneladas destinadas ao mercado chinês em relação a julho.

A China segue como o principal comprador da carne argentina, seguida pela União Europeia, Estados Unidos, Israel e Chile — que juntos formam os cinco maiores mercados do produto.

Os valores FOB médios apresentaram estabilidade em relação a julho, com alta de 3% nas vendas à China, manutenção para Israel e pequenas quedas entre 2% e 15% nos demais destinos. Na comparação anual, o desempenho foi expressivo: China (+60%), União Europeia (+20%), Israel (+39%), Chile (+30%) e Estados Unidos (+45%). O preço médio ponderado subiu 39%, ficando apenas 7% abaixo do pico histórico de abril de 2022.

Apesar do bom momento, o acumulado dos oito primeiros meses de 2025 soma 536 mil TECs, uma queda de 12% em relação ao mesmo período de 2024. No acumulado de 12 meses, o volume totaliza 858 mil TECs, 2% abaixo do resultado de um ano atrás.

Analistas apontam que o país dificilmente repetirá o recorde de 930 mil toneladas exportadas em 2024, pois seria necessário embarcar cerca de 100 mil TECs mensais entre setembro e dezembro — uma meta considerada improvável.

Mesmo assim, a Argentina mantém-se entre os principais exportadores mundiais de carne bovina, sustentada por um mix competitivo de mercados e produtos de alto valor agregado. O desafio agora é preservar o ritmo de crescimento diante da volatilidade cambial e das mudanças fiscais, sem perder espaço para concorrentes como Brasil, Uruguai e Austrália. Com informações: Notícias Agrícolas.




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