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Hoje é Domingo, 26 de Outubro de 2025.
Mato Grosso do Sul registrou salto significativo na produção de soja entre as safras de 2010/2011 e 2020/2021, passando de 5,169 milhões de toneladas para 12,196 milhões de toneladas, um aumento de 135,9%. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento da área cultivada, de 1,76 milhão para 3,36 milhões de hectares, e pela elevação da produtividade, de 48,9 para 60,5 sacas por hectare. Terras antes subutilizadas pela pecuária e em processo de degradação passaram a ser incorporadas à produção graças ao investimento em melhoria do solo, tratos culturais e novas tecnologias, em especial sementes geneticamente melhoradas.
A TMG, uma das maiores empresas de melhoramento genético do país, desenvolve atualmente uma variedade de soja específica para Mato Grosso do Sul, projetada para ser altamente produtiva, resistente a pragas e doenças comuns na região, e adaptada às características edafoclimáticas locais. O desenvolvimento da nova cultivar deve levar cerca de sete anos até chegar ao mercado, embora a empresa busque reduzir esse prazo em um a dois anos por meio de cultivos em ambientes protegidos e análise de dados avançada, reduzindo a necessidade de testes em campo.
A iniciativa integra um processo contínuo de inovação, já que a vida útil média de uma cultivar é de seis a sete anos, exigindo constantes lançamentos para atender às demandas dos produtores por maior resistência a pragas, adaptação climática e produtividade. Após o lançamento, a nova soja atinge seu pico de comercialização por volta dos três anos de mercado. Atualmente, a TMG possui 24 cultivares ativas de soja e planeja investir R$ 2 bilhões nos próximos 10 anos em pesquisa e desenvolvimento.
Mato Grosso do Sul ocupa hoje a quinta posição no ranking nacional de produção de soja. Considerando o volume da safra 2020/2021 em comparação com a produção mundial, o estado seria o quinto maior produtor do planeta, atrás apenas de Brasil, Estados Unidos, Argentina e China. Além do volume, há grande potencial para ampliar a área cultivada, com destaque para 11,2 milhões de hectares de pastagens com qualidade intermediária a severa que podem ser recuperadas para cultivo de grãos e pecuária de alto rendimento.
Para acelerar testes e desenvolvimento de suas cultivares, a TMG pretende instalar em 2023 uma estação experimental em Mato Grosso do Sul, onde serão avaliadas as novas variedades. Outra unidade será implantada na região do Matopiba, uma das novas fronteiras agrícolas do país, abrangendo Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Com informações: g1
