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Como o agronegócio fez Mato Grosso do Sul crescer e se tornar referência em sustentabilidade

No aniversário de 48 anos, estado celebra trajetória de desenvolvimento econômico e preservação ambiental impulsionada pelo setor agropecuário.
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Lavouras, pastagens e florestas plantadas em Mato Grosso do Sul refletem o equilíbrio entre produtividade e preservação ambiental, consolidando o estado como referência em sustentabilidade no agro. (Foto: Arquivo) Por: Editorial | 22/10/2025 10:35

Quando Mato Grosso do Sul foi criado, em 1977, a bovinocultura de corte já era considerada a espinha dorsal da economia local, com 9,3 milhões de cabeças de gado, o quinto maior rebanho do país. Desde então, o agro sul-mato-grossense transformou não apenas a produção, mas também a paisagem e a forma de pensar o campo.

A presença da Embrapa Gado de Corte, antes mesmo da criação do estado, trouxe tecnologias inovadoras, como a recuperação de pastagens e o desenvolvimento de forrageiras tropicais, que aumentam a produtividade e protegem o solo. Essa inovação tecnológica não se limitou à pecuária, alcançando também a agricultura, tornando o agronegócio motor do desenvolvimento econômico do estado.

Entre 2002 e 2021, o PIB da agropecuária cresceu 768%, acompanhando o crescimento do PIB estadual. A produção agrícola se expandiu rapidamente: a soja ocupa 4,5 milhões de hectares, o milho multiplicou sua produção em 65 vezes, e a cadeia sucroenergética se consolidou como pilar da economia. O setor de florestas plantadas e celulose ganhou força após o Plano Estadual de Florestas em 2008, com a área de cultivo de eucalipto passando de 300 mil para 1,7 milhão de hectares, impulsionando a instalação de várias indústrias de papel e celulose.

A suinocultura e a avicultura também se destacaram, com crescimento expressivo nas exportações, que passaram de US$ 338 milhões em 1997 para quase US$ 10 bilhões em 2024, um aumento de 2.505%. Esse crescimento ocorreu aliado à preservação ambiental, consolidando Mato Grosso do Sul como referência em práticas sustentáveis.

No plantio direto, 99% das propriedades já adotam a técnica, que protege o solo. A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) ocupa mais de 3 milhões de hectares, combinando produção agrícola e pecuária com preservação ambiental. O estado mantém cerca de 35% do território com vegetação nativa nas propriedades rurais e 87% da cobertura do Pantanal preservada, mostrando que produtividade e conservação podem caminhar juntas.

Mato Grosso do Sul estabeleceu a meta de ser carbono neutro até 2030, com o agronegócio como peça-chave nessa transição. Sistemas de produção de baixo carbono, recuperação de pastagens, florestas plantadas e tecnologias sustentáveis, como bioinsumos e fixação biológica de nitrogênio, reforçam o compromisso ambiental.

O Programa ATeG ESG, criado em 2022, introduziu sustentabilidade e gestão eficiente na rotina da assistência técnica, destacando a importância da preservação, capacitação e responsabilidade social para aumentar a competitividade. Hoje, rastreabilidade, descarbonização, uso racional da água e valorização das boas práticas agroambientais são requisitos centrais para acessar mercados exigentes, mostrando que produzir mais pode significar preservar melhor. Com informações: FAMASUL




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