“Glitter comestível” pode conter plástico e não deve ser usado em doces

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um alerta sobre o consumo de microplásticos em doces e bolos decorados com o chamado “glitter comestível”. O produto, bastante usado em confeitaria, pode ser feito com plásticos como o polipropileno (PP), e não deve ser ingerido.

Segundo a agência, apenas materiais produzidos com ingredientes e aditivos alimentares são permitidos em produtos comestíveis. Isso inclui corantes, açúcares e outros insumos que alteram a cor, textura ou sabor dos alimentos. “Nenhum pó decorativo ou glitter que contenha o chamado ‘PP micronizado’ pode ser usado em produtos de confeitaria ou na decoração de alimentos. Esses materiais são permitidos apenas em objetos decorativos não comestíveis, como cenários para festas”, esclarece a Anvisa.

O órgão reforça que o uso de plástico é permitido apenas em embalagens e utensílios que entram em contato com alimentos, desde que aprovados pela agência. Nesses casos, a Anvisa avalia os riscos de migração de substâncias das embalagens para os produtos consumidos.

Para evitar problemas, a agência orienta que rótulos sejam observados atentamente. Lojas especializadas podem vender produtos decorativos e comestíveis no mesmo espaço, mas nenhum produto com PP micronizado está autorizado para consumo. Uma forma de diferenciar é verificar se o produto é identificado como “corante artificial para fins alimentícios” ou “açúcar para confeitar”, além de observar informações sobre glúten, alergênicos e segurança alimentar.

O alerta foi encaminhado à Reali (Rede de Alerta e Comunicação de Risco de Alimentos), coordenada pela Anvisa e composta por órgãos de vigilância sanitária estaduais, municipais e do Distrito Federal, além de laboratórios públicos. A rede monitora problemas de segurança em alimentos e emite respostas a riscos detectados, como a presença de polipropileno em glitters supostamente comestíveis.Com informações: Campo Grande News