O mercado global do açúcar continua sua tendência de queda, pressionado por safras robustas no Brasil, Índia e Tailândia, enquanto o setor paulista registra leve alta no preço do açúcar cristal e movimentação crescente do etanol.
Nesta terça-feira (14), em Nova Iorque, o contrato março/26 do açúcar é negociado a 15,45 cents de dólar por libra-peso (-1,02%), o maio a 14,97 cents (-1,25%) e o julho a 14,87 cents (-1,26%). Em Londres, o açúcar para dezembro/25 é cotado a 441,30 dólares por tonelada (-0,61%). A pressão de oferta, especialmente da safra brasileira, tem desafiado o suporte de 16 cents que vinha sendo considerado saudável para o setor. Segundo a Unica, a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de setembro cresceu 15,7% na comparação anual, chegando a 3,622 milhões de toneladas.
No mercado paulista, os preços do açúcar cristal apresentaram leve alta. Entre 6 e 10 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa 130 a 180, fechou a 117,36 reais por saca de 50 kg, alta de 0,44% sobre a semana anterior. A procura por novos lotes, principalmente do cristal tipo Icumsa 150, impulsionou o mercado, mesmo diante da restrição de oferta devido ao volume destinado às exportações.
O etanol também apresentou movimentação significativa. O volume de etanol hidratado vendido pelas usinas paulistas quase dobrou na última semana, refletindo o aumento da demanda. Apesar disso, os preços mantiveram-se estáveis: o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em 2,7156 reais por litro, recuo de 0,4%, e o anidro em 3,1126 reais por litro, queda de 0,36%, ambos líquidos de impostos. Com informações: Notícias Agrícolas.