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China reage a novas tarifas dos EUA e promete medidas de retaliação

Ministério do Comércio chinês chamou de “hipócritas” as tarifas de 100% impostas por Donald Trump e disse que o país “não teme brigar”.
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Donald Trump e Xi Jinping durante encontro anterior (Foto: AFP) Por: Editorial | 12/10/2025 06:27

A China classificou como “hipócritas” as tarifas de 100% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses e ameaçou adotar medidas de retaliação. As declarações foram dadas pelo Ministério do Comércio chinês neste domingo (12), em resposta ao novo pacote de tarifas anunciado pelo presidente Donald Trump.

Na sexta-feira (10), Trump criticou a decisão da China de restringir a exportação de elementos relacionados às chamadas terras raras — minerais essenciais para a indústria tecnológica — e anunciou que os EUA aplicarão uma tarifa adicional de 100% sobre produtos importados do país asiático a partir de 1º de novembro.

Em comunicado oficial, o Ministério do Comércio da China afirmou que os controles sobre as exportações desses elementos, considerados “hostis” por Trump, são uma resposta às medidas unilaterais adotadas pelos Estados Unidos nas últimas semanas.

“Ameaçar impor tarifas altas a qualquer momento não é a forma correta de lidar com a China. Nossa posição sobre guerras tarifárias é consistente: não queremos brigar, mas não temos medo de brigar”, declarou o ministério.
“Se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará medidas correspondentes para defender seus direitos e interesses legítimos”, completou.

O aumento das tensões comerciais entre os dois países abalou o mercado global, provocando queda nas ações de grandes empresas de tecnologia e gerando incertezas sobre a possível reunião entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, prevista para este mês durante a Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), na Coreia do Sul. Trump já afirmou que “não há motivo algum” para o encontro ocorrer, enquanto Pequim ainda não confirmou oficialmente.

As novas tarifas podem reacender a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, que havia sido suspensa após rodadas de negociações diplomáticas no início do ano. Na fase mais acirrada do conflito, as tarifas chegaram a 145% nos EUA e 125% na China.


Terras raras e escalada das tensões

Na quinta-feira (9), o governo chinês anunciou a inclusão de cinco novos elementos à lista de controle de exportações, reforçou a vigilância sobre usuários de semicondutores e restringiu dezenas de tecnologias de refino. A China também passou a exigir que produtores estrangeiros que utilizam materiais chineses sigam as normas internas do país. Atualmente, o país é responsável por mais de 90% da produção mundial de terras raras processadas e ímãs derivados desses elementos.

As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos fundamentais para a fabricação de produtos tecnológicos, como chips, baterias e equipamentos de comunicação. Embora estejam presentes em vários países, as maiores reservas estão concentradas na China e no Brasil.

Trump afirmou que Pequim tem enviado comunicados a outros países anunciando planos para controlar as exportações desses elementos, o que, segundo ele, “congestionaria os mercados e dificultaria a vida de praticamente todas as nações do mundo — inclusive da própria China”.

“Os EUA também têm posições monopolistas, muito mais fortes e abrangentes do que as da China. Eu simplesmente não escolhi usá-las antes porque nunca houve motivo para isso — até agora!”, declarou o presidente americano. Com informações g1

 




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