Lula critica Bolsonaro e afirma que país "está arrumado" durante anúncio de crédito imobiliário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (10), durante cerimônia em São Paulo, que o Brasil estava “desarrumado” antes de sua gestão, em referência ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Lula, o país passou por um período de “semidestruição”, mas agora está organizado.

“Vocês têm noção do que aconteceu nesse País nos últimos seis anos? A falta de crédito, de programas, de objetividade… tivemos que passar dois anos reconstruindo, com a PEC da Transição”, declarou o presidente. “Conseguimos fazer o Congresso aprovar uma PEC para dar dinheiro para governar. Porque a tranqueira que governava não cuidou disso. E esse País está arrumado”, acrescentou.

O evento marcou o anúncio do novo modelo de crédito imobiliário, que moderniza a captação de recursos pelos bancos para financiamentos habitacionais no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A medida busca ampliar os recursos disponíveis para habitação, beneficiando especialmente a classe média, e eleva o valor máximo de imóveis financiáveis no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. A transição gradual terá início ainda este ano, com plena vigência prevista para janeiro de 2027.

O novo modelo também altera o direcionamento de depósitos da poupança: atualmente, 65% desses depósitos são obrigatoriamente aplicados em crédito imobiliário, 20% vão ao Banco Central e 15% em operações livres. Com as mudanças, o total de depósitos na poupança passará a ser referência para o volume destinado ao crédito habitacional, incluindo as modalidades do SFH e do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).

Estiveram presentes na cerimônia autoridades como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Jader Filho (Cidades) e Rui Costa (Casa Civil); além de Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Carlos Vieira (presidente da Caixa Econômica Federal) e Gabriel Galípolo (presidente do Banco Central). Com informações: Terra