O Zoneamento Agroecológico de Mato Grosso do Sul, estudo elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) em parceria com a Embrapa Solos, foi apresentado nesta quinta-feira (10/10), na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados. O levantamento envolveu 3,5 mil amostras de solo em aproximadamente três mil locais do Estado, configurando o maior estudo técnico já realizado sobre o território sul-mato-grossense.
O estudo identifica áreas de maior aptidão para agricultura e pecuária, além de regiões de restrição ambiental, oferecendo aos produtores um mapa detalhado das potencialidades e limitações de cada área. O vice-presidente da Assembleia Legislativa e engenheiro agrônomo, deputado Renato Câmara, ressaltou que o zoneamento permite decisões mais precisas sobre o uso da terra, garantindo segurança e sustentabilidade ao setor agropecuário.
“O produtor agora pode planejar com precisão onde investir, que tipo de cultivo realizar e quais cuidados adotar para preservar o solo. É o conhecimento científico chegando à prática”, afirmou Renato Câmara.
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O chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato, destacou a importância da parceria entre instituições públicas para a construção do estudo. O presidente da Câmara Municipal de Laguna Carapã, Vander Dosso, reforçou a relevância da iniciativa para a segmentação e o desenvolvimento do agronegócio estadual.
De acordo com os dados apresentados, 65% do território de Mato Grosso do Sul tem aptidão para atividades agropecuárias, enquanto o restante inclui áreas de conservação e a planície pantaneira, com uso controlado. O acesso ao zoneamento será disponibilizado em plataformas digitais, como o sistema PronaSolos, no portal do Ministério da Agricultura, e em aplicativos de consulta off-line, facilitando o uso das informações por técnicos e produtores no campo.
Os encontros técnicos promovidos pela Embrapa e Semadesc visam aproximar o conhecimento científico das práticas rurais, promovendo um futuro mais sustentável para a produção no Estado. Com informações: AL MS